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No Piauí, coordenador do Ministério da Saúde diz que país vive emergência inédita

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O coordenador geral de atenção básica do Ministério da Saúde, Dirceu Klitzke, durante o lançamento do Pacto entre os governos federal, estadual e municipal de combate ao vetor Aedes Aegypti em Teresina, nesta sexta-feira (8), disse que nunca o país enfrentou um período emergencial nacional de saúde pública tão grande como agora, agravado com o aumento de casos de microcefalia correlacionados ao Zika Vírus.  

Fotos: Thiago Amaral/Cidade Verde

Coordenador geral de atenção básica do Ministério da Saúde, Dirceu Klitzke

“Pela questão da gravidade da situação precisamos unir forçar entre governo e município porque a nossa capacidade técnica talvez não seja o suficiente para conter o problema, que é a proliferação do mosquito, sem o auxílio da prefeitura. Por isso estamos aqui fazendo essa reunião operacional e técnica como forma de discutir amplamente o tema, informar os gestores dos municípios e apontar soluções que sejam mais eficazes”, comentou Dirceu Klitzke.

Durante a reunião, que ocorreu na Associação Piauiense de Municípios, o coordenador do Ministério da Saúde também disse que as ações do MS para o combate a microcefalia estão divididas em três eixos.

“O primeiro é o combate ao vetor. O segundo é a assistência às gestantes para fazer a captação precoce das grávidas e o pré-natal com toda uma rede de cuidados. E o terceiro é a realização de pesquisas através de especialistas para entender melhor o que está acontecendo no país”, pontua. 

Dirceu Klitzke atentou para o fato de que a mudança na legislação que faz com que os agentes de endemias possam adentrar os domicílios e estabelecimentos mesmo contra a vontade do proprietário ou morador já é um ponto bastante positivo no combate ao vetor. 

O secretário de Saúde do Estado, Francisco Costa, reafirmou que o momento singular vivenciado no país é grave e é preciso uniformizar as ações. “Não podemos nos limitar. Por isso, estamos promovendo essa ação para envolver governo e prefeitura para que todos assumam as ações de combate e haja o alinhamento de forças nas três esferas”, disse. 
 
Tanto Dirceu Klitzke como Francisco Costa relembraram que o número de casos de microcefalia vai aumentar. O número, que não pode ser previsto, depende das ações dos governos e da própria população no esforço de combate ao Aedes Aegypti.

“Não há uma previsão para o aumento dos casos de microcefalia até porque ele vai depender da eficácia da realização dessas ações de combate que estão sendo propostas”, frizou Francisco Costa. 

Guillain Barré

O secretário afirmou que já está comprovado que os casos de síndrome de guillain barre também aumentaram no Piauí de 2014 para 2015. “Em 2014, tivemos a notificação de 33 casos de guillain barré. Já em 2015, foram notificados mais de 40 casos”, disse Francisco Costa acrescentando que os casos podem estar diretamente relacionados ao Zika Vírus ou doenças que possam afetar o sistema neurológico. 

 

 

Flash Lyza Freitas

Da Redação Carlienne Carpaso (especial para o cidadeverde.com)

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