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“Temos que escolher quem transportar”, diz coordenador do Samu

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Durante reunião da Comissão de Saúde, Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (7), para debater sobre as denúncias de más condições estruturais e de trabalho do Samu Estadual em Teresina, o coordenador geral do órgão, Gerardo Vasconcelos, falou sobre uma série de problemas pelos quais passa o Samu. 

“Muitas vezes temos que escolher quem transportar", essa foi a fala que partiu do coordenador geral do SAMU Gerardo Vasconcelos, durante uma reunião da Comissão de Saúde, Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (7). O encontro serviu para debater denúncias sobre más condições estruturais e de trabalho do Samu Estadual em Teresina.

"Muitas vezes temos que escolher quem transportar por uma questão de limitação de recursos e de pessoal. Essa é uma situação trágica para um regulador. Temos enfrentado muitos problemas, uma situação similar a que ocorre em todo o país. Temos adotado uma série de medidas para melhorar, como a realização de ventos para a troca de experiências entre os profissionais e o incentivo com prêmios às bases que mantêm os melhores índices do Samu”, argumenta Gerardo Vasconcelos.

Entre os problemas constam a falta de médicos nos hospitais do interior e a não permanência destes na escala de 24h, ambulâncias sem condições estruturais para transporte, entre outros. O debate foi provocado pelo deputado estadual Dr. Hélio (PR), presidente da Comissão de Saúde da Alepi, em virtude da divulgação de um relatório de denúncias por parte do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI). 

“Queríamos ouvir as entidades para tomarmos algumas providências no sentido de cobrar as autoridades competentes a resolutividade dos problemas. Diante da situação, acredito que devíamos propor uma emenda coletiva entre os deputados para destinarmos à Central de Regulação”, ressalta.

Renato Leal, representante do Sindicato dos Médicos, afirmou que o Samu foi implantado no Piauí sem a devida integração necessária entre todas as partes que compõem o sistema de saúde, não havendo, por exemplo, treinamento para aqueles que recebem os pacientes na entrada da urgência e emergência. “O Samu leva, mas as vezes não tem quem receba, em outros casos o paciente é encaminhado para o local errado, o que configura uma extrema falta de comunicação e ajuste entre as partes”, diz.

Atualmente o Samu possui 69 bases em todo o Estado, 124 viaturas distribuídas entre o Samu Estadual, a Central de Teresina e Parnaíba. Contudo, 33 veículos estão fora de operação em virtude de problemas mecânicos, seguros e documentação desatualizados ou mesmo sem recursos humanos.

Da Redação
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