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Travesti baleada no Corso morre após mais de três meses no HUT

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Morreu na noite desta segunda-feira (02), a travesti Pâmella Beatriz Leão, de 23 anos, atingida com um tiro na cabeça durante o Corso de Teresina, no fim do mês de janeiro. A jovem permaneceu internada por mais de três meses no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e, inicialmente, reagia bem ao tratamento, mas teve complicações, inclusive uma hidrocefalia, e teve que ser submetida a algumas cirurgias. 

Até o momento, o autor dos disparo não foi preso, nem apreendido. Uma adolescente de 17 anos foi apontada como responsável por efetuar o disparo. Ainda no mês de fevereiro, a amiga- que também é travesti- prestou depoimento no 12º DP, e disse que estava dançando com grupo de amigas a música “Paredão Metralhadora” com a arma na mão quando o disparo acidental ocorreu. 

A pistola .40 já foi identificada e seria de um policial que também já foi ouvido pela polícia e estava de plantão no evento. No depoimento, o policial alegou que foi trabalhar sem a arma porque teria sido furtada da sua casa no dia do evento, mas não comunicou ao superior e nem registrou Boletim de Ocorrência. 

A causa da morte de Pâmella Beatriz ainda não foi divulgada. O corpo foi liberado durante a madrugada para familiares providenciarem o velório. 

 

Graciane Sousa
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