O dólar sobe forte nesta terça-feira (3), acompanhando o cenário externo, marcado por aversão a risco após dados ruins da China, e com o Banco Central atuando de maneira mais intensa para controlar a queda frente ao real. O cenário político continua no radar do mercado.
Às 12h50, a moeda norte-americana subia 2,16%, vendida a R$ 3,5655.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 1,52%, a R$ 3,5432.
Às 9h29, alta de 1,41%, a R$ 3,5392.
Às 10h09, alta de 1,31%, a R$ 3,536.
Às 11h, alta de 1,49%, a R$ 3,542.|
Às 11h20, alta de 1,85%, a R$ 3,5546.
Às 11h40, alta de 2,23%, a R$ 3,568.
Às 12h10, alta de 2,65%, a R$ 3,5828
A cena política seguia no radar dos investidores. Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o Ministério da Fazenda num provável governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo. Na próxima semana, o Senado vota o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.
A aversão a risco refletia os dados da atividade industrial da China, que encolheu pelo 14º mês seguido em abril. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit recuou para 49,4 na segunda maior economia do mundo, contra expectativa do mercado de 49,9 e ante 49,7 em março. O dólar também subia nesta sessão em relação a moedas de países como o México e Chile.
Intervenção do BC
No mercado local, a atuação do BC também ajudava a puxar o dólar. Nesta manhã, vendeu 9,8 mil swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares, da oferta total de até 20 mil contratos. Na véspera, o BC ofertou e vendeu integralmente 40 mil swaps reversos.
Nos dois pregões anteriores, o BC havia voltado a atuar com mais força no mercado de câmbio após o dólar ir abaixo de R$ 3,45. Para muitos especialistas, o Banco Central não quer a moeda abaixo de R$ 3,50 para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país.
Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares
Na véspera, o dólar subiu 1,45%, vendido a R$ 3,49. No acumulado de 2016, o dólar tem desvalorização de 11%. Só em março e em abril, as quedas mensais acumuladas foram de 10,17% e 4,34%, respectivamente.
Fonte: G1