Trinta homens. Trinta homens aparecem em um vídeo estuprando uma menina de 17 anos no Rio de Janeiro. Como se não bastasse, um vídeo do crime foi gravado pelos estupradores e divulgado nas redes sociais. O crime e a forma como foi divulgado, gerou revolta e mais de 800 denúncias no Ministério Público do Rio.
Após o crime, que ocorreu na segunda-feira (24), a vítima foi encontrada na região da praça Seca, na zona oeste do Rio por um desconhecido que a levou para casa.
Na manhã desta quinta-feira (26) ela foi levada para fazer exames, de acordo com a imprensa.
Segundo o site, a jovem tem 17 anos e o crime aconteceu em uma comunidade na zona oeste do Rio. A Polícia Civil investiga a autoria do crime e dois suspeitos já foram identificados. Nas imagens analisadas, citam que "mais de 30" teriam abusado da jovem.
As imagens em que se ouve frases de incentivo explícito à violência foram gravadas e divulgadas para expor, ainda mais, a vítima. Ativistas reagiram com indignação e criaram a hashtag #QueroUmDiaSemEstupro.
As mulheres pedem, além de justiça, para que as imagens não sejam reproduzidas, compartilhadas ou sequer assistidas.
A divulgação das fotos e vídeos íntimos configura crime previsto no Código Penal, especialmente no caso de se tratarem de evento criminoso. Nas fotos e vídeos que começaram a circular após serem divulgadas no Twitter por um homem identificado por Michel, a moça aparece nua e desacordada. Também foi criado um evento para protestar contra a violência feminina.
“Nesse momento, milhares de mulheres estão sendo estupradas. Vamos lutar por justiça por todas nossas irmãs que sofrem nesse momento. Devemos nos juntar e não deixar que esses 30 homens andem impunes e como se nada tivesse acontecido”, diz a descrição.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 23ª Promotoria de Investigação Penal, e a Delegacia Antissequestro (DAS) estão investigando o caso, assim como a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio.
Como denunciar
Após a divulgação das imagens, cerca de 800 denúncias chegaram à Ouvidoria do MP. A instituição pede que agora só sejam encaminhadas informações que acrescentem à investigação, como identificação de envolvidos, endereços ou novas provas. As informações podem ser enviadas neste canal.
Casos de estupro, assédio sexual, importunação ofensiva ao puder (provocações verbais) e ato obsceno também podem ser denunciados no site da Polícia Federal ou por meio do Disque 180, a Central de Atendimento à Mulher.
Também é possível procurar delegacias estaduais especializadas nesse tipo de crime.
Fonte: Huffpost Brasil