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Em protesto, mulheres pedem fim da cultura do estupro

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Cerca de 60 mulheres se reuniram na tarde desta segunda-feira (6) na avenida Frei Serafim em protesto contra a cultura do estupro e a injustiça em casos de violência contra a mulher. O movimento é do coletivo feminista GEMDAC, que divulgou um dado alarmante em relação ao Piauí. Elas instalaram varais cruzes que levavam o nome de vítimas piauienses que foram mortas, além de calcinhas sujas de sangue.

"É uma forma de protesto para chamar a atenção da sociedade para que o estupro e o feminicio não sejam naturalizados. Hoje pouco ou nada é feito para acabar com esse crime que acontece a todo o momento", explicou a diretora da União Brasileira de Mulheres, Teresina Aguiar. 

Segundo o GEMDAC, baseado em dados do Serviço de Atendimento de Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Sanvis), em 2015 mais de 6.500 mulheres foram vítimas de violência sexual no Estado.

"Esse número não representa a realidade já que apenas 10% dos casos são notificados, já que muitas vezes o agressor é amigo da família ou familiar. Esse é um crime muito grave e para combatê-lo é preciso discutir gênero nas escolas já que os homens foram socializados com a liberdade sexual e as mulheres não. Toda vez que ocorre um caso é como se as mulheres fizessem por merecer", afirmou Dulce Silva, professora e integrante do movimento.

Os dados são de Teresina e dez outras cidades que possuem atendimento do Sanvis. As mulheres ocuparam o passeio da avenida com cartazes e carro de som onde pedem o fim da cultura do estupro.

No Piauí, dois casos de estupro coletivo ganharam destaque nacionalmente. Quatro meninas foram estupradas na de Castelo do Piauí em maio do ano passado e, recentemente, uma garota foi estuprada por cinco homens em Bom Jesus.

Autoridades como a senadora Regina Sousa, do PT, estiveram no ato.

Lucas Marreiros (Flash)
Hérlon Moraes (Redação)
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