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Júlio César diz que Sul e Sudeste foram privilegiados e pede compensação ao NE

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O deputado federal, Júlio César (PSD), propôs que o Governo Federal compense os Estados que não têm dívidas com a União, como é o caso do Piauí e também do Tocantins. O piauiense sugeriu que sejam repassados R$ 14 bilhões, sendo cerca de R$ 5 a R$ 6 bilhões a fundo perdido e os outros R$ 8 a R$ 9 bilhões em investimentos nos estados financiados pelo BNDES. A proposta foi apresentada ao presidente interino Michel Temer (PMDB).

"Queremos uma compensação, que pode ser uma parte a fundo perdido e outra parte financiada pelo BNDES. São R$ 14 bilhões. Ainda não tem um critério definido para isso. Nós sugerimos ao presidente que faça pelo índice de endividamento dos estados. Quem deve mais, recebe menos. O Piauí que não deve nada, então deve receber mais em termos relativos e levando em consideração também a população. Ou pode ser também pelo critério do FPE, pois assim o Nordeste leva 52%?, comentou Júlio César, que é coordenador da bancada do Nordeste. (Leia também: Governo suspende dívidas dos Estados e alonga débito do Piauí com o BNDES).

Segundo o piauiense, o nível de endividamento dos estados do Nordeste é de menos de 5% do total do estoque da divida e a região representa 35% da população e mais de 13,5% do PIB do Brasil. 

"O Sul e Sudeste devem 91% do total. Eles foram privilegiados quando a União assumiu os débito dos estados. Foi privilégio quando renegociou as dívidas. E agora, quando suspende o pagamento da prestação por seis meses, só privilegia quem mais deve e isso é injusto. O Piauí não deve nada. Quando se dá um desconto quem é privilegiado é quem mais deve, que é São Paulo. O Nordeste e os estados mais pobres levam desvantagens. O Norte deve menos de 1%, o Centro -Oeste pouco mais de 4%. Norte, Nordeste e Centro-Oeste devem 9% e o Sul e Sudeste devem 91% de toda a dívida negociada com o tesouro", reitera o parlamentar. 


Em entrevista ao Notícia da Manhã, o piauiense comentou também sobre a eleição para presidência da Câmara. Até o momento, seis parlamentares já formalizaram candidatura para suceder Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A sessão que vai eleger o novo presidente está marcada para próxima quarta-feira (13), às 19h. 

Entre os candidatos que registratram candidatura estão Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES), Fábio Ramalho (PMDB-MG), e os piauienses Heráclito Fortes (PSB-PI), Marcelo Castro (PMDB-PI).

"A candidatura dos dois piauienses é competitiva. O Marcelo teve grande projeção nacional, por ser ministro da Saúde. Por várias vezes, ele foi cotado para ser líder do partido, tem todas as qualificações para liderar o maior partido da Câmara. Acho que se ele não for presidente, tem chances de ser o líder na próxima eleição. Já o Heráclito tem uma história e, inclusive, já foi da mesa duas vezes e vice-presidente do Temer", disse o parlamentar.

Um dos favoritos na disputa pelo cargo é o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF), candidato de Cunha, mas que ainda não formalizou candidatura.

"Ele é o líder do nosso partido, foi governador do DF, teve uma projeção nacional quando presidiu a comissão do impeachment e hoje tem um relacionamento excelente em todos os partidos e com quase todos os deputados federais. Se viabilizar a candidatura, ele registrará hoje (11). Vamos esperar a composição dos concorrentes apara avaliar as chances dos dois piauienses e do líder do meu partido", destaca Júlio César.

 

Graciane Sousa
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