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Lourdes Melo defende que cidadão faça a sua própria segurança

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A candidata do PCO à prefeitura de Teresina, Lourdes Melo, criticou nesta segunda-feira (12) a criação da Guarda Municipal da capital. Em entrevista ao Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde, ela disse que o efetivo vai ser mais um aparelho de segurança opressor da sociedade.

" A Guarda Municipal dá forma como está sendo colocada é mais uma repressão contra as mulheres, os pobres", criticou.

Segundo ela, a segurança deveria ser uma atribuição do próprio cidadão. Lourdes criticou ainda a Polícia Militar. " A polícia que está ai não resolve. Temos que ter uma polícia que seja organizada pelos moradores, pelos bairros, para que a gente confie em nossa própria segurança. O cidadão vai cuidar da sua segurança. Não concordamos que haja uma polícia repressora", afirmou, continuando a criticar a polícia.

"A polícia é para combater os pobres, negros, as lutas, enquanto a classe alta se protege com pessoas armadas nas suas casas e suas empresas", acrescentou.

Para Lourdes Melo, enquanto houver o benefício de todas as riquezas para os patrões, empresários e latifundiários, a população continuará a sofrer. "Vai ser essa escassez, vai ser esse sofrimento da população. Nós associamos essa luta não dentro do capitalismo. Queremos que o povo governe", declarou, defendendo propostas para a educação.

"Queremos a manutenção do nosso piso salarial, escolas bem equipadas e escolas sem partido. Somos contra os golpistas atacarem a educação. Defendemos um piso salarial de R$ 5 mil", disse.

Eleição antidemocrática

A candidata do PCO não poupou críticas também ao processo eleitoral. Disse que disputar uma eleição está cada vez mais difícil e taxou o sistema como antidemocrático.

"A eleição está cada vez fica mais difícil, mais antidemocrática. O tempo de campanha foi reduzido para 45 dias. É uma ditadura. As pessoas precisam de liberdade para participar de uma eleição. A gente se vira como dá. Nós não fazemos a luta só nas eleições, no ano inteiro.  Por isso a gente coloca que os trabalhadores devam apoiar nossa candidatura", defende.

Para Lourdes, o tempo é muito curto para apresentar propostas e, sendo assim, prefere focar em críticas de âmbito nacional.  "Seria uma ingenuidade ou oportunismo a gente vir pra cá fazer propostas especificas para a cidade, quando os ataques são nacionais. O golpe é contra os direitos dos trabalhadores. O governo golpista vai acabar com o piso dos professores, acabar com a reforma da previdência. O pré-sal vai ser entregue aos americanos. Querem mentir na TV para ganhar voto" disse, destacando que o capitalismo não vai acabar com a corrupção brasileira.

"As pessoas falam em corrupção, viver uma transparência. O sistema capitalista não vai acabar com a corrupção. O dinheiro é controlado por um punhado de pessoas. O capitalismo não tem saída para a humanidade", concluiu.

Hérlon Moraes
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