Um paciente do Hospital Areolino de Abreu identificado como Fidel Alves da Silva, 24 anos, deu entrada no Hospital de Urgências de Teresina (HUT) com queimaduras de segundo e terceiro graus pelo corpo na manhã desta quarta-feira(09).
Segundo informações apuradas pelo Cidadeverde.com, um usuário de drogas, identificado como Laércio, 27 anos, que foi internado ontem no hospital teria enrolado Fidel em um lençol e depois tocado fogo, além espancá-lo. O incidente ocorreu por volta das 4 horas da madrugada. O interno está com queimaduras no lado direito do corpo e no braço e na perna.
A diretora técnica e assistencial do hospital Areolino de Abreu, Krieger Olinda, confirmou o caso e relatou como o incidente aconteceu. Ela destacou que as vistorias serão reforçadas e a entrada de produtos e materiais por parte dos familiares será terminantemente proibida.
“Infelizmente, cerca de 80% dos nossos pacientes são fumantes, os familiares, achando que estão ajudando, trazem cigarro ou fumo, isqueiros e fósforos. É então que acontece esse tipo de coisa quando o paciente está em crise. Na admissão tudo é retirado, inclusive as roupas para que o paciente fique apenas o uniforme do hospital, mas os familiares acabam trazendo novamente”, declarou a diretora.
A médica psiquiatra informou que na entrada o isqueiro já havia sido retirado de Laércio, que foi admitido há cerca de 24 horas. Contudo, de alguma forma ele conseguiu outro. Por volta das 4 horas da manhã, ele atacou o paciente Fidel, que dormia na enfermaria Carlos Araújo.
A médica disse ainda que, desde o episódio anterior de incêndio no hospital, foram instalados mais extintores de incêndio e será implantada uma rede maior de câmeras de segurança. Quanto ao paciente ferido, ela informou que ele sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau no braço e na lateral direita do corpo.
Ele é natural de Matões-MA e a família já foi informada, mas ainda não chegou a Teresina. Um funcionário do Areolino de Abreu acompanhou o atendimento no HUT. Já Laércio, segundo ela, está isolado.
“Não há como um paciente ser penalizado por isso. Ele está em crise e precisa apenas de cuidados. Ele não ficou ferido, foi isolado e recebeu medicação para ficar mais tranquilo. A segurança no pátio masculino, onde ocorrem mais problemas, também foi reforçada”, declarou.
Flash de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
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