No dia em se celebra a Proclamação da Independência do Brasil, neste 7 de setembro, nada melhor do que retomar a história de um dos maiores símbolos de um país, o seu hino.
De acordo com Cecília Helena Salles de Oliveira, historiadora da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do Museu Paulista, da USP, também conhecido como Museu de Ipiranga, o Hino Nacional como é conhecido atualmente foi criado em 1909 e oficializado em 1922. Antes disso, o hino trocou de letra duas vezes.
?A melodia do Hino Nacional Brasileiro é do maestro Francisco Manuel da Silva e foi escrita em 1831 para comemorar a abdicação de D. Pedro I, que aconteceu em 7 de abril daquele ano. O hino recebeu uma letra do poeta Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva e ficou conhecido como hino do 7 de abril?, afirma a historiadora. Segundo Cecília, em 1843, o hino sofreu adaptações em sua letra para se tornar o hino do Império, com a coroação de Pedro II.
Após a proclamação da República brasileira, em 1889, ainda de acordo com a historiadora, as autoridades do novo regime pretenderam criar um novo hino, deixando no esquecimento esse símbolo da época imperial. ?Eles não foram bem sucedidos, pois a população não adotou o hino da República e continuou a cantar como hino nacional a peça musical escrita em 1831?, diz.
Concurso popular
Com o objetivo de criar uma nova letra para o hino escrito em 1831 e alterado em 1843, no ano de 1909 foi lançado um concurso público. O ganhador do concurso, segundo Cecília, foi o poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada.
?É a letra escrita por esse jornalista que conhecemos e cantamos atualmente. Ainda assim, apenas em 1922, por ocasião do centenário da Independência, o Hino Nacional tal como conhecemos foi oficializado?, afirma.
A primeira exibição do Hino Nacional Brasileiro aconteceu logo depois de sua elaboração, com adaptação da nova letra à música antiga. Em 1936, tornou-se obrigatório o canto do hino em escolas e demais ocasiões de festejos públicos.
Fonte: G1
