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Mulher é agredida e amarrada após confusão em restaurante no Piauí; veja vídeo

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Uma mulher com transtornos mentais foi amarrada e agredida em via pública na cidade de Gilbués, a 797 km de Teresina. A situação revoltou moradores que gravaram pelo celular as agressões. O caso ocorreu na última segunda-feira (21). As cenas são chocantes e mostra a vítima esperneando diante da violência.

Uma testemunha- que não quis ser identificada- conta que a vítima ficou agitada após ser expulsa com agressividade de um restaurante. 

"A confusão teve início em um restaurante por conta de um troco. A mulher foi agredida com um peçado de madeira e expulsa do local. Ela ficou agitada e começou a arremessar pedras, momento em que foi novamente agredida e, desta vez, amarrada. Pisaram na cabeça dela e a trataram como um animal", disse o morador.

Outra testemunha é a Bacharel em Direito, Neide Vieira, que ia passando pelo local. Inconformada com a situação, ela parou e tentou ajudar a vítima. Segundo ela, os dois homens que aparecem na gravação são o vice-prefeito de Gilbués, Tiago Tavares , e um empresário identificado apenas como Ricardo. 

"Quando eu cheguei, eles estavam amarrando a mulher para contê-la. Daqui a pouco eu vi o empresário pisando na cabeça dela, a boca toda cheia de sangue e ele continuando a pisar. Quando eu pedi para ele parar de pisar, ele fez como se não fosse nada e continuou pisando. Só parou após alguns minutinhos. Largaram ela no chão até que chegou uma menina e com ajuda de outra pessoa foram desamarrando", disse Vieira. 

De acordo com testemunhas, os agressores justificaram o ato porque teriam acionado a Polícia Militar que, em primeiro momento, não compareceu ao local. Sem a presença dos policiais, os suspeitos teriam resolvido contê-la sozinhos. 

"Quando a polícia chegou, o Ricardo foi até posto dentro do carro da polícia, só que não sei porquê não foi levado.  A vítima foi encaminhada ao hospital, mas não realizaram exame de corpo de delito de imediato só depois que eu fui à delegacia e questionei", reitera a bacharel. 

Neide Vieira questiona ainda a omissão da Polícia Militar. 

"O tenente Getúlio Salviano (comandante da Polícia Militar em Gilbués) disse que não tinha sido feito exame de corpo de delito porque o hematoma teria sido derivado da contenção. Então, eu falei: quem tem que decidir se foi ou não foi é o juiz. O exame era importante para uma eventual representação. Ela tem esquizofrenia e é totalmente incapaz. Ela errou? errou. Então, tenta conter de uma forma não degradante, mas de uma forma decente e aciona os órgãos competentes, a assistência social, a família", relatou Neide Vieira. 

A TV Cidade Verde tentou contato com o vice-prefeito da cidade e o empresário, mas não obteve retorno. O delegado de Polícia Civil e comandante da PM na cidade também não foram localizados.


Graciane Sousa
[email protected]
Com informações Notícia da Manhã

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