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Com cabeça raspada, Eike Batista é transferido de presídio

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Com a cabeça raspada, Eike Batista deixa Ary Franco (Foto: Reprodução/GloboNews)

Atualizada às 13h

O empresário Eike Batista deixou o presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio, por volta das 13h30 desta segunda-feira (30). Com a cabeça raspada, ele foi colocado dentro de uma viatura da polícia, levando um travesseiro na mão, rumo ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. O empresário, que era considerado foragido, foi preso ao desembarcar no Galeão, pela manhã.

Segundo as primeiras informações, após a triagem no Ary Franco, foi decidido que o empresário ficará na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9. Por não ter nível superior, não poderia ser levado para Bangu 8, mesmo presídio em que está o ex-governador Sérgio Cabral.

Segundo agentes do Serviço de Operação Especiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que fizeram o tranporte de Eike, o Bandeira Stampa é uma cadeia em que não há domínio de facção criminosa. As celas são para até seis presos, que costumam trabalhar dentro das próprias unidades prisionais e, por isso, têm o apelido de "faxina".

Eike ficou quase duas horas no Ary Franco. Ele foi preso por agentes da Polícia Federal logo após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, às 10h. O empresário é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

O advogado dele, Fernando Martins, estava no Ary Franco quando Eike chegou. “A defesa não teve acesso a ele, não conseguimos traçar a linha de defesa então nós vamos aguardar e conversar com o cliente. Até agora, as medidas jurídicas que estamos adotando são no sentido de preservar a integridade física dele. Não posso acrescentar o que será feito agora. Ontem ele deu uma entrevista no sentido que ele disse que passaria a limpo, vai prestar os esclarecimentos necessários. A gente vai definir a linha de defesa em conjunto.”, afirmou.

Eike teve a prisão preventiva decretada depois que dois doleiros disseram que ele pagou US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, o equivalente a R$ 52 milhões, em propina. A prisão do empresário foi decretada pelo Juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, na operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

 

Foto: Reprodução/GloboNews

O empresário Eike Batista chegou ao presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio, por volta das 11h15 desta segunda-feira (30). Ele foi preso por agentes da Polícia Federal logo após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, às 10h. O empresário é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

Eike não tem nível superior, então não poderia ser levado para Bangu 8, mesmo presídio em que está o ex-governador Sérgio Cabral. Segundo dados de dezembro do ano passado, o presídio Ary Franco está superlotado. A unidade, que tem capacidade para 968 presos, atualmente tem 2.129 presos.

“Ele acabou de chegar. A defesa não teve acesso a ele, não conseguimos traçar a linha de defesa então nós vamos aguardar e conversar com o cliente. Até agora, as medidas jurídicas que estamos adotando são no sentido de preservar a integridade física dele. Não posso acrescentar o que será feito agora. Ontem ele deu uma entrevista no sentido que ele disse que passaria a limpo, vai prestar os esclarecimentos necessários. A gente vai definir a linha de defesa em conjunto.”, afirmou o advogado Fernando Martins.

Eike teve a prisão preventiva decretada depois que dois doleiros disseram que ele pagou US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, o equivalente a R$ 52 milhões, em propina. A prisão do empresário foi decretada pelo Juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, na operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

O avião que trouxe Eike de volta ao Brasil pousou no Galeão às 9h54 da manhã desta segunda (30). O empresário chegou ao Instituto Médico Legal (IML) por volta da 10h30 para ser submetido ao exame de corpo de delito.

O empresário, considerado foragido após ter viajado a Nova York dias antes da operação policial para tentar prendê-lo, embarcou de volta ao Rio neste domingo (29). Antes do embarque, ele disse que 'está à disposição da Justiça'.

Ele chegou sozinho ao aeroporto JFK, nos EUA, por volta de 21h50 (horário de Brasília) do último domingo (30), fez check-in e, minutos depois, passou pelo controle de passaporte. Às 22h15, já aguardava o voo dentro da sala de embarque e pouco depois da meia-noite foi rumo a aeronave.

Entrevista antes de embarcar

Dentro da área de embarque, o empresário deu uma breve entrevista ao repórter Felipe Santana, da TV Globo. Questionado se tem algo a dizer aos brasileiros, ele declarou que está à disposição da Justiça: "Estou voltando para responder à Justiça, como é meu dever". Eike destacou que este é o momento de “passar as coisas a limpo”.

"Estou voltando, porque sinceramente vou mostrar como é que são as coisas, simples assim", reforçou Eike. Questionado sobre se mostraria algo que ainda não se sabe, ele evitou o assunto. "Como eu estou nessa fase, me entregando à Justiça, melhor não falar nada. Depois a Justiça e o que for permitido falar, vai acontecer depois, agora não dá", afirmou.

O empresário negou que tenha cogitado fugir para a Alemanha (por conta de também ter cidadania alemã, o que evitaria uma deportação ao Brasil) e disse que viajou a Nova York a trabalho.

Segundo a reportagem, os advogados do empresário tentaram negociar a ida dele para um presídio especial mas não tiveram êxito.

Fonte: G1

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