Milhares de fiéis foram às ruas de Teresina em oração, durante a procissão do Senhor Morto, na tarde desta Sexta-Feira da Paixão (14). Eles saíram da Catedral de Nossa Senhora das Dores até a Igreja de São Benedito, no Centro da capital piauiense, por volta das 18 horas.   

Hoje é o único dia do ano em que não é realizado missa, apenas uma celebração litúrgica da Paixão do Senhor, que consiste de três momentos: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz (Jesus Crucificado) e Sagrada Comunhão.

O arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, celebrou o momento e resgatou o dom do agradecimento, pois “Jesus Cristo deu a própria vida para nos salvar”.  No calendário cristão, a sexta-feira santa foi o dia em que ocorreu a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário.

“Jesus deu a sua vida por nós, na cruz, no monte calvário. Por isso, nós escolhemos exatamente essa hora para ouvir a sua palavra, e rezar, meditar, agradecer o dom da salvação que Ele nos trouxe. Oremos. Ô Deus pela Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, destruístes a morte, que o primeiro pecado transmitiu a todos, concedei-nos ô Deus semelhante a vosso filho e assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno possamos trazer pela graça a imagem do homem morto”, disse o arcebispo, durante a abertura da celebração, na Catedral Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva. 

Antes de iniciar a procissão, os fiéis beijaram a cruz; gesto que simboliza beijar as dores de Jesus Cristo.

Bruno Silva, da paróquia de São Francisco de Assis, do bairro Cidade Nova, contou que o que o motiva a participar da procissão é o exemplo de Jesus a ser seguido.

“Hoje o que me motiva, assim como em todos os anos, não é só também as dores de Jesus na cruz, pelo momento que sofreu. Para mim, é como se ele não tivesse morrido, é o momento de preparação para a ressureição. Eu, como fiel, quero a partir de domingo, renascer, assim como cristo, para ser mais servo e mais doador em relação ao próximo. Dessa forma eu permito que cristo renasça em mim”, explicou Bruno.

A devota da Paróquia Nos Senhora Dores (centro de Teresina, Maria do Carmo, disse que participar da procissão é a forma que tem de se solidarizar com quem morreu para salvar a humanidade. “É uma forma de reforçar o sentimento, de seguir os passos de Jesus Cristo todos os dias”.

 

Carlienne Carpaso
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