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DF: após apelo, Loures depõe de cabelo cortado

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O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), apontado como "Homem da Mala" do presidente Michel Temer, apareceu de cabelo raspado para depor na sede da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira. Loures, que é ex-assessor especial do presidente, tinha feito pedido para que não passasse pelo procedimento destinado a quem ingressa na prisão. Ele deixou a PF por volta das 10h30.

A defesa de Loures havia solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que não lhe fosse imposto “tratamento desumano e cruel” e que não tivesse o cabelo raspado. Além disso, também foi requisitado acesso à “totalidade” das gravações da delação de executivos da JBS.

No interrogatório feito na manhã desta sexta, Rocha Loures não respondeu a nenhuma pergunta. Ele está preso no presídio da Papuda e divide cela com o doleiro Lúcio Funaro, ligado ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Habeas Corpus Negado

Na última terça-feira, Rocha Loures teve seu pedido de habeas corpus negado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está preso desde o último sábado, por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF.

No pedido de soltura, a defesa reclamou que o decreto de prisão saiu “na calada da noite”, sem que os advogados tivessem sido ouvidos previamente. Os advogados também reclamaram das prisões na Lava-Jato. Para eles, são realizadas com objetivo de forçar delações premiadas.

Lewandowski nem sequer analisou as ponderações. Ele explicou que a Corte entende que não pode ser admitido habeas corpus contra a decisão de um ministro do próprio Supremo.

Rocha Loures e Temer são investigados no mesmo inquérito por corrupção e tentativa de obstrução da Justiça. No pedido de prisão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o ex-deputado é um assessor próximo do presidente.

O ex-deputado é acusado de receber uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS em nome de Temer. O suposto suborno seria a primeira parcela de uma propina de R$ 480 milhões a ser paga ao longo de 20 anos, conforme o sucesso das transações da empresa.

Loures foi flagrado recebendo a mala das mãos de Ricardo Saud, executivo da JBS e também delator, numa pizzaria. Ele chegou a devolver o objeto, mas com R$ 35 mil a menos. Depois,fez um depósito no valor que faltava.

Fonte: O Globo

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