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Em crise, até Edmundo não ajuda e desfalca o Vasco

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Imerso em profunda crise, na lanterna do Campeonato Brasileiro, com 26 pontos, e sob clima tenso, o Vasco treinou nesta segunda-feira com vistas ao jogo contra o Sport, na quarta, na Ilha do Retiro, no Recife. Nem todos, porém, parecem estar remando para o mesmo lado.



 Edmundo não ajudou sua própria defesa e foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a dois jogos de suspensão e não enfrenta Sport e Flamengo. O atleta foi indiciado no artigo 255 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (praticar ato de hostilidade contra adversário ou companheiro de equipe), por ter atingido no rosto um jogador na partida contra o Ipatinga ao tentar se desvencilhar do oponente. Edmundo não foi advertido pelo árbitro. A acusação foi feita com base em imagens do confronto.

 A recusa de Edmundo em comparecer ao tribunal causou mal-estar na comissão técnica e diretoria, mas só comprova que o jogador continua tendo privilégios e a ser tratado de forma cerimoniosa e com receios de ferir seu temperamento explosivo.

"O ideal seria ele ter comparecido. Tem que pensar no que é melhor para o clube. Gostaríamos de que estivesse presente", lamentou o presidente Roberto Dinamite, medindo as palavras.

A segurança no Vasco-Barra, na zona oeste do Rio, foi reforçada com a presença de muitos homens e de um carro da Polícia Militar para evitar novos protestos da torcida depois da derrota sofrida em casa para o Figueirense, na última rodada da competição, que deixou o clube em último lugar na tabela e aumentou as chances de rebaixamento para 74%.

Antes do treinamento, grande parte da diretoria vascaína, comandada pelo presidente Roberto Dinamite, conversou durante mais de uma hora com os jogadores e o técnico Renato Gaúcho. Segundo Dinamite, o objetivo da reunião foi dar tranqüilidade ao elenco, mostrar que a diretoria está presente, ao lado dos jogadores, mas irá cobrar resultados dentro de campo.

"O que se treina, não está aparecendo dentro de campo. A cobrança é importante, mas o fundamental nesse momento é dar tranqüilidade", disse Roberto.

 Em meio à tormenta, Renato Gaúcho mostra que também está sem rumo. Depois de armar um time muito ofensivo para o duelo contra o Figueirense, o técnico vai na direção oposta para o compromisso contra o Sport. Mais uma vez promove várias modificações na equipe na tentativa de evitar a sétima derrota consecutiva no Brasileiro, que igualaria a pior marca da história do clube, de 1995, quando terminou o campeonato em 20.º lugar entre 24 participantes.

 Renato abandona o 4-3-3 e prepara um 3-5-2, com três volantes. Ele escalou no treino o seguinte time: Rafael; Eduardo Luiz, Jorge Luiz e Fernando; Baiano, Jonílson, Victor, Mateus e Valmir; Alex Teixeira e Leandro Amaral.

 Edmundo não participou da atividade e fez apenas exercícios de musculação. Renato barra, assim, o goleiro Tiago e o atacante Alan Kardec. Tiago foi muito vaiado na derrota para os catarinenses e o treinador cruzmaltino alega que é preciso preservá-lo. Jonílson volta à equipe depois de cumprir quatro jogos de suspensão, um pequeno alento aos torcedores, que vêem a nau vascaína naufragar em mares revoltos com poucas chances de salvação.
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