Durante entrevista no Jornal do Piauí desta terça-feira (7), o secretário de Segurança Robert Rios Magalhães contestou números de pesquisa que apontava vitória de sua prima e adversária em Piracuruca, Nívea Magalhães, nas eleições municipais realizadas no último domingo. Aliado de Raimundo Loro, que venceu o pleito com menos de 100 votos de diferença, ele anunciou ação na Justiça contra o Instituto Piauiense de Opinião Pública - Ipop - e o jornal que divulgou os números da consulta.

 

"Em dois dias nós tiramos 16%. Então esse instituto tem que fechar", disse Robert Rios, falando de pesquisa que teria sido divulgada no fim de setembro e apontava vitória de Nívea com 58% das intenções de voto. Ele disse que o jornal que publica as pesquisas do instituto se recusou a divulgar tais números, mas outro periódico publicou a pesquisa e dias antes da eleição ainda publicou nota atestando a vitória.

 

Robert apresentou pesquisa de outro instituto, o Data AZ, onde Nívea aparecia com 41,67% contra 41,33% de Raimundo, um empate técnico. "Quando você vende uma pesquisa, você comete um crime contra a cidadania. Não contra um candidato, mas contra uma cidade inteira", disse Robert, fazendo ironias ao propor a diferenciação entre institutos de pesquisa e pais-de-santo.

 

 

Por telefone, Nívea Magalhães contestou as declarações do primo. Disse que Robert falou de pesquisa feita em agosto, e não setembro, e que não houve má fé por parte de sua coligação. Ela aproveitou para denunciar que o resultado foi revertido em função do uso das estruturas policial e governamental pelo secretário, "para tomar a eleição em Piracuruca".

 

Nívea acusou Robert de mandar cavar poços tubulares dias antes das eleições usando o nome da Emgerpi, empresa de gestão do Governo do Estado. "Na próxima vez ele se prepare, porque os anos passam, e a gente não consegue enganar as pessoas por muito tempo. os bandidos, de vez em quando, mostram a cara", declarou a candidata derrotada.

 

Teresina
Sobre as eleições na capital, Robert lamentou a perda da vaga do PCdoB na Câmara, que teve Anselmo Dias e João Cláudio Moreno como representantes do partido nos últimos 12 anos. Ele apontou erro na estratégia do partido, que, para o secretário, precisa abrir espaço para novas lideranças.