Makelly foi encontrada morta em julho de 2014
O julgamento do professor Luis Augusto Antunes, acusado de matar a travesti Makelly Castro, está marcado para ocorrer nesta quinta-feira (05), a partir das 8 horas, no Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI). A denúncia é do Ministério Público do Piauí e o caso será julgado pela 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina.
Na época, Makelly Castro tinha 24 anos e foi morta por asfixia; seu corpo foi encontrado no Distrito Industrial no dia 18 de julho de 2014, na zona Sul, por moradores da região.
“O Ministério Público vai sustentar a tese de homicídio qualificado. A qualificadora sustentada é a de que executou o crime mediante asfixia pulmonar, utilizando-se de técnicas de artes marciais. O laudo pericial é claro e sustenta a tese do MP de que a vítima foi morta por asfixia mecânica. O julgamento final será mediante o Conselho de Sentença”, declarou o promotor Ubiraci Rocha, destacando que a pena para casos como esse é de 12 a 30 anos de reclusão.
O promotor destacou que “o acusado estava de posse de um Fiat/Pálio, de cor vermelha, que pertencia à pessoa de Maria das Graças Silva, que se encontrava viajando a época para a cidade de Maceió” no dia do crime.
As amigas da vítima relataram que a última vez que a viram Makelly foi entrando em um veículo com essas especificações, na noite do dia 17 de julho do mesmo ano, na calçada da boate Mercearia no Centro. Elas chegaram a anotar a placa do veículo. O carro foi identificado como um Palio, de cor vermelha. Ela teria acertado um programa com o motorista.
Antes de ser preso, no dia 28 de agosto de 2015, o professor chegou a ser interrogado dias após o assassinato, mas teria negado a autoria do crime e foi liberado. Luis chegou a fazer postagens nas redes sociais sobre o crime alertando que transfobia é crime.
Professor Luís Antunes é acusado de matar Makelly
Matérias Relacionadas
Travesti é encontrada enforcada em rua na zona Sul de Teresina
Professor é preso suspeito de matar asfixiada a travesti Makelly Castro
Travestis protestam e formam comissão para apurar crimes homofóbicos
Advogado: prisão de professor suspeito da morte de travesti é “pirotecnia policial”
Caso Makelly: 'criminoso não é apenas pobre e analfabeto', desabafa Baretta
Suspeito de matar travesti postou mensagens contra a morte de Makelly
Carlienne Carpaso
[email protected]