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Cidade no AM reforça segurança após ataque a prédios do Ibama e ICMBio

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Sede do Ibama em Humaitá foi incendiada por grupo (Foto: Raolin Magalhães/Rede Amazônica)

A segurança em Humaitá, no Sul do Amazonas, foi reforçada por soldados do Exército e Policiais Federais depois de ataque a prédios do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), na sexta-feira (27). Garimpeiros da localidade são suspeitos do crime. Peritos da Polícia Federal de Porto Velho, Rondônia, foram deslocados para dar início às investigações.

O ataque durou cerca de cinco horas. Vídeos de celulares registraram a destruição. O reforço de agentes da Força Nacional de Segurança chegou ainda na sexta.

Na manhã deste sábado (28), ainda havia fogo na sede do ICMBio. A sede do Ibama foi a mais afetada. Sete viaturas do órgão foram destruídas. Móveis, utensílios, computadores, arquivos e processos também foram afetados.

Represália

O ataque dos garimpeiros teria sido uma represália a uma operação feita por agentes do Ibama, ICMBio e Exército contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, numa área de proteção ambiental.

Várias balsas usadas no garimpo foram incendiadas. Revoltados, os garimpeiros se reuniram para protestar. Os manifestantes invadiram e incendiaram os prédios do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Eles também entraram no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde funciona o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), mas foram contidos. Sem acesso ao local, o grupo ateou fogo em veículos que estavam estacionados na área.

Computadores, arquivos e processos foram destruídos (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Fiscalizações

José Leland Barroso, superintendente do Ibama no Amazonas, disse que as operações serão mantidas na região.

"Consideramos uma barbárie, um ato terrorista. Desafiaram o poder do estado brasileiro e isso vai ter resposta, o Ibama não vai recuar, compactuar com isso. O Ibama vai continuar com usas atividades. Podem tocar fogo em todos os nossos escritórios, mas vamos continuar”, disse.

Segundo o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Aldo de Campos Costa, que acompanha a situação no município, os órgãos ambientais atuaram estritamente dentro da legalidade.

"No início e durante a operação o Ibama agiu estritamente dentro da legalidade, no exercício do poder de polícia que é atribuído ao órgão ambiental (...). Em momento algum houve incêndio provocado pelos órgãos ambientais. O que ocorreu foi o desmonte e apreensão de balsas que estavam posicionadas irregularmente na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira", disse.

Fonte: G1 

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