Teresina vai sediar, na próxima sexta-feira (17), um simpósio do Grupo Brasileiro de Melanoma. O evento acontecerá no hospital da Universidade Federal do Piauí (UFPI), com a presença de especialistas na área, e abordará aspectos relacionados ao melanoma cutâneo, uma das formas mais agressivas de câncer. 

"O melanoma não é o câncer cutâneo mais frequente. Ele é o terceiro mais frequente, mas ele é o mais letal. É uma doença de baixa incidência e alta letalidade. Classicamente, ninguém deveria morrer disso, porque é uma doença visível, que a gente tem como diagnósticar precocemente", explicou o médico Lauro Lopes, delegado do GBM no Piauí e um dos organizadores do evento. 

O melanoma mais comum se apresenta como uma mancha de várias cores, bordas mal definidas e crescimento rápido, sendo mais comum em áreas expostas ao sol, mas que também aparece em outras partes do corpo, como o couro cabeludo ou até debaixo da unha - a exemplo do apareceu em um dos dedos do cantor Bob Marley, que se recusou a fazer amputação e foi morto pela doença em 1981. 

Com mais de 40 anos de trabalho na área, Lauro Lopes disse em entrevista à Rádio Cidade Verde que as chances de cura são altas quando o melanoma é descoberto cedo e o tratamento feito adequadamento. Mesmo assim, já perdeu inúmeros pacientes para a doença.

"Eu trabalho com ela há mais de 40 anos. Eu já perdi inúmeros pacientes para essa doença. Não é brincadeira, a coisa é séria. O tumor é grave. Agora a coisa não é tão feia se ela for diagnósticada corretamente e precocemente", alertou o especialista. 

Ouça a entrevista na íntegra:

Fábio Lima
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