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Velório de Eloá é aberto ao público de 3,5 mil pessoas

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O velório de Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, foi aberto para a visitação de pessoas que não fazem parte da família da jovem às 15h55. A Guarda Municipal estima que cerca de 3,5 mil pessoas foram à cerimônia.
 
A sala do velório ficou, até as 15h55, reservada para os parentes da jovem, que chegaram ao Cemitério Santo André, na Vila Humaitá, por volta das 15h30. O corpo da jovem chegou pouco antes das 15h em um caixão branco depois de deixar o Instituto Médico Legal (IML).
 

 

Visivelmente abalada, Sabine Amorim, 16 anos, que estudava na mesma escola de Eloá, reclamou do pouco tempo que teve para visitar o corpo da vítima. Sabine disse que conhecia Eloá há três anos e queria mais tempo para poder se despedir da amiga. Ela considerou como "uma injustiça" o desfecho do seqüestro. "Acho que elas não tinham noção do perigo, porque elas achavam que ele nunca ia fazer mal a elas", afirmou.

Lorena de Paula, 14 anos, que também freqüentava a mesma escola, acreditava que Eloá fosse ser solta e o fim não seria trágico. Ela contou que estava há dois dias sem dormir e, na última noite, sonhou com Eloá. Segundo Lorena, uma visita da escola ao parque Hopi Hari, organizada pela mãe de Nayara, foi cancelada por causa do seqüestro. Ela lembrou que Lindemberg ficou chateado porque não foi convidado ao passeio.

Edileuza Aciole, 50 anos, não conhecia Eloá pessoalmente, mas viajou de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, até Santo André para ir ao velório. Ela disse que acompanhou o seqüestro pela televisão e viu muitas vezes Eloá pedir calma da janela do apartamento. "Quem tem filho, está tudo no mesmo barco. Eu divido minha preocupação e meu sentimento de perda com a mãe dela", disse.
 

 
Seqüestro

Lindemberg Alves, 22 anos, invadiu o apartamento da família da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, na tarde de segunda-feira da semana passada. Armado com um revólver, o jovem fez reféns, além da ex-namorada, uma amiga dela, Nayara, 15 anos, e dois colegas de escola, que estavam no local para fazer um trabalho para a aula. A ação foi motivada pela recusa de Eloá em reatar o namoro.

O seqüestrador libertou os dois adolescentes no mesmo dia. Nayara foi libertada no dia seguinte, após passar 33 horas no apartamento. Já na quinta-feira, Nayara voltou ao cativeiro. Segundo a polícia, a jovem foi chamada para ajudar nas negociações e decidiu entrar no apartamento por conta própria.

A polícia invadiu o apartamento por volta das 18h10 de sexta-feira, depois de mais de 100 horas de cativeiro. Eloá foi baleada na virilha e na cabeça, e Nayara, na boca. Segundo a Polícia Militar, os tiros partiram da arma de Lindenberg. Na ação, o jovem foi detido e Eloá e Nayara levadas para o hospital.

Médicos anunciaram a morte cerebral de Eloá às 23h30 deste sábado. Os órgãos foram liberados para doação pela família. Nayara passa bem e deve receber alta nos próximos dias.
 
Lindemberg, que está preso no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP), na zona oeste de São Paulo, responderá por homicídio e dupla tentativa de homicídio, segundo a polícia.
 
 
Da redação
 
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