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'Feminismo' é apontada como a palavra do ano, diz advogada

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A Revista Cult informou que o dicionário americano Merriam-Webster elegeu o termo “feminismo” como palavra mais emblemática do ano de 2017. A escolha foi feita com base no número de buscas do verbete na plataforma online do dicionário: em 2017, houve 70% mais procuras pelo seu significado do que no ano passado.

O dicionário aponta duas definições para o termo: “A teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos” ou “atividade organizada em torno dos interesses e direitos das mulheres“.

De acordo com os dados informados pelo portal do Merriam-Webster, dois eventos foram os maiores propulsores das buscas pelo significado de “feminismo”: o primeiro, em janeiro, foi a Marcha das Mulheres, em Washington, D.C., após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos; o segundo, em fevereiro, foi a afirmação de Kellyanne Conway, diretora da campanha eleitoral de Trump, de que ela não se considera uma feminista no “sentido clássico” – segundo ela, o adjetivo descreveria mulheres “anti-homens” e “necessariamente a favor do aborto”.

Ao longo do ano, as buscas tiveram mais picos: após a estreia do filme Mulher Maravilha, em junho, e quando foi lançada a série O Conto da Aia – que, baseada no romance homônimo de Margaret Atwood, retrata uma distopia patriarcal em que mulheres são tratadas apenas como reprodutoras.

Outro momento de alta na curiosidade sobre o feminismo se deu quando explodiram denúncias de abuso sexual em Hollywood, começando pelas mais de 50 acusações contra o produtor Harvey Weinstein – e, ainda, quando a campanha #MeToo (#EuTambém), que encorajava mulheres a compartilharem histórias de assédio e abuso, viralizou nas redes sociais.

Em um vídeo publicado no site do dicionário, Peter Sokolowski, editor geral do Merriam-Webster, afirmou que, apesar de ser impossível que um único termo abranja “todas notícias, eventos e histórias de um só ano”, “quando olhamos para os últimos 12 meses e fazemos uma análise das palavras buscadas com mais frequência do que no ano anterior, junto a exemplos de pontos de interesse intensos causados por novos eventos, vemos que a palavra [feminismo] se destaca”.

Assim como o dicionário inglês Oxford, todo ano o Merriam-Webster elege sua palavra mais notável – em 2016, o termo escolhido foi “surreal”. Além de “feminismo”, outros verbetes foram particularmente consultados em 2017: “cúmplice”, “empatia”, “federalismo” e “furacão” foram alguns deles. 

Piauiense ganha destaque na luta pelos direitos das mulheres

Enquanto a palavra "Feminismo" foi eleita como destaque do ano, no Piauí uma advogada se destacou nacionalmente na luta pelos direitos das mulheres e contra o feminicídio. 
Presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), Eduarda Mourão participou ativamente de campanhas, atos e ações para aumentar a representatividade da mulher na vida pública, inclusive na própria advocacia.

O trabalho de Eduarda foi reconhecido na XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, o maior evento da categoria no Brasil, quando ela foi convidada pela presidência para ler a carta-documento oficial do evento. Foi a primeira vez que uma mulher leu a carta representando todos os advogados brasileiros.

Ela também coordenou o I Encontro Nacional do Movimento Mais Mulheres na OAB. Através de Eduarda, surgiu um documento histórico: "Por Mais Mulheres na OAB", termo amplamente aceito pela categoria.

No Piauí, Eduarda Mourão engajou a OAB na luta contra o feminicídio, promovendo protesto e evento na Ordem e chamando a atenção da sociedade e do Judiciário. "A mulher precisa ocupar seu espaço, objetivo que irá demandar estratégias", comentou Eduarda Mourão.

 

Da Redação
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