O prefeito Firmino Filho (PSDB) informou que Teresina gastou o ano passado 35,6% da sua receita anual com a Saúde e foi a capital que mais gastou na área. O problema acaba inviabilizando investimentos em outros setores e para tentar melhorar a gestão, a prefeitura está criando um grupo de trabalho para fazer um diagnóstico das estratégias de saúde a fim de aprimorar os serviços. 

Com o período das chuvas, por exemplo, crescem os problemas de drenagem e de acordo com Firmino, os investimentos em obras ficam comprometidos porque há um grande dispêndio de recursos na Saúde.  O ex-ministro da Saúde, Agenor Alvares, está em Teresina para se reunir com Firmino e integrar essse grupo de trabalho.

“A saúde ao logo do tempo teve um crescimento muito grande. [...] Isso fez com que a prefeitura comprometesse muito recurso para a saúde. Para se ter uma ideia, ano passado foi de recorde, gastamos 35,6% da nossa receita corrente líquida, coisa que não é igualada por nenhuma outra capital nordestina e acredito que só existe duas capitais no Brasil que gastam percentualmente mais do que Teresina”, informou Firmino. 

O prefeito explica que na medida em que há um crescimento desses gastos na área da saúde, os recursos para outras áreas são reduzidos e passa-se a “sofrer” na área de investimentos.

“Agora mesmo estamos falando do inverno e ele sempre mostra como a nossa estrutura é frágil na área da drenagem. É uma área que a gente tem tentado investir, mas não temos capacidade e poupança próprias para investimentos. Tanto é que os projetos de drenagem que estão sendo tocados são todos com recursos federais. O fato de a gente está investindo cada vez mais em saúde faz com que a gente não tenha poupança para fazer obras de infraestrutura urbana, por exemplo, e é exatamente por isso que a gente continua muito dependente das obras de recursos externos”, disse o gestor. 

Nesta quinta-feira (8), em visita a obras de pavimentação na zona sudeste da capital, ele esclareceu sobre a formação do grupo de trabalho: “Basicamente estamos formando um grupo de alto nível com gente competente, preparada, para fazer uma avaliação da saúde pública de Teresina. Já temos 24 anos de municipalização da saúde e precisamos trazer uma consultaria externa qualificada para fazer a análise do que aconteceu ao logo do tempo, fazer uma comparação com outros municípios e fazer uma prospecção sobre mudanças para o futuro, enfim, para que possamos rever todo nosso planejamento estratégico na área da saúde”. 

Reeleição na Câmara

O prefeito Firmino Fiho (PSDB) comentou as declarações do presidente da Câmara, Jeová Alencar (PSDB), de que “forças estranhas” ligadas à Prefeitura influenciaram o PSL a entrar com liminar pedindo a suspensão da reeleição de Jeová para a presidência da Casa. O PSL é aliado do governo municipal. 

O prefeito falou apenas que se um partido se sente lesado em relação a uma decisão interna, ele tem o direito de buscar a justiça. 

“Essa é uma questão interna da Câmara. São vários partidos que estão com representantes na Câmara e enfim, se um partido tem um posicionamento distinto, cabe à presidência da Câmara e o conjunto de vereadores respeitar a posição desse partido, então acho que é basicamente chover no molhado falar sobre isso”, declarou.

Lyza Freitas
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