Atualizada às 14h34
A mãe de uma das vítimas, Ana Maria Sampaio, desabafou ao chegar no fórum para acompanhar o julgamento. Para a família, é como se tudo voltasse a acontecer.
"É como se fosse naquele dia, revivendo tudo que a gente passou. Eu espero que a justiça seja feita. Ele sendo preso é uma forma de você se sentir, não sei se segura, mas aliviada", disse em entrevista à TV Cidade Verde.
Atualizada às 12h45
Os depoimentos das três vítimas do estupro coletivo encerraram por volta das 12h20 no Fórum de Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina). A terceira jovem a ser interrogada saiu acompanhada do marido. Ela saiu pela parte de trás do fórum.
O local está com esquema de segurança reforçado. As três vítimas prestaram depoimento em sala separada de Adão Sousa, acusado de ser o mentor do estupro coletivo.
Atualizada às 12h
A terceira vítima do estupro coletivo em Castelo do Piauí está sendo interrogada neste momento. As outras duas adolescentes já foram ouvidas pelo juiz Leonardo Brasileiro e deixaram o fórum agora há pouco.
Atualizada às 10h31
Tudo pronto para começar. Conselho de sentença formado. Juiz, promotor e defensores públicos aguardam o início do julgamento. A imprensa e a população não vão poder acompanhar, já que o caso corre em segredo de Justiça. O acusado e as testemunhas já estão no Fórum de Castelo para iniciar os trabalhos.
Atualizada às 9h40
Sob gritos de "Justiça" e "assassino", o réu Adão José Silva Sousa, acusado de ser o mentor do estupro coletivo acaba de chegar ao fórum por volta das 9h30. Ao descer da viatura, o réu alegou inocência e disse "quero Justiça".
Ele veio em uma viatura da Secretaria de Justiça juntamente com uma testemunha de defesa que estava preso na penitenciária feminina. A detenta seria namorada de um dos menores infratores também envolvidos no caso.
Às 8h45, uma das vítimas (19 anos) chegou ao fórum acompanhada do pai e do marido. As três vítimas terão que prestar depoimento ao juiz Leonardo Brasileira. Cinco mulheres e dois homens compõe o conselho de sentença.
As outras duas vítimas de 18 e 19 anos chegaram acompanhadas das mães por volta de 9h15. Bastante nervosa, uma das senhoras desabafou sobre a sensação de ficar frente a frente com o réu.
"Essas datas são muito ruins. Todo o filme volta na cabeça da gente. Será difícil ficar cara a cara com ele, mas tenho que enfrentar porque a vítima é minha filha", desabafou a mãe da adolescente de 18 anos.
Atualizada às 9h30
O julgamento de Adão José Silva Sousa, acusado de ser o mentor do estupro coletivo em Castelo do Piauí, terá a presença das três adolescentes que foram vítimas da violência sexual.
Em 27 de maio de 2015, quatro adolescentes – duas de 17 anos, uma de 16 e outra de 15 – foram amarradas, estupradas por 2 horas e jogadas de um morro de 10m. Uma das vítimas morreu.
Antes das 8h, o advogado das vítimas chegou ao fórum. João Washington classificou o réu como "pernicioso" e defendeu pena máxima.
"A expectativa é que seja feita Justiça. Não existe dúvidas. As provas nos autos são consistentes. Ele é pernicioso a sociedade e deve ser condenado a uma pena muito grande para que fique muito tempo preso", defendeu o advogado das vitimas.
Os defensores do réu também chegaram cedo a audiência. Darcio Rufino diz que é preciso separar o "joio do trigo" e que há muitos boatos em torno do caso e as imputações que estão sendo feitas contra o réu. O defensor público apontou o adolescente Gleyson Vieira da Silva - que foi assassinado dentro do CEM - por suposta participação no estupro coletivo como o único responsável.
"Não existem provas críveis contra Adão. É muito óbvio, desde o início, que a tragédia que abateu sobre essas famílias foi de responsabilidade exclusiva de quem está morto, o Gleyson", argumentou Darcio Rufino.
Ele sustenta que as vítimas apontam apenas uma pessoa na cena do crime. Questionado sobre como o nome de Adão foi vinculado a tragédia, o defensor justificou:
"Prefiro não entrar em detalhes. Quem assistir o julgamento vai entender como o nome dele surgiu. É preciso ter cuidado para separar o joio do trigo, o que é indício, o que é boato, o que é ouvir dizer. Ninguém aceitaria ser condenado com base em boatos", acrescentou o defensor público destacando que a personalidade de Adão contribuiu para que seu nome fosse ligado ao crime.
"Todas as provas, inclusive as técnicas -científicas que são feitas por agentes desapaixonados apontam que Adão não tem responsabilidade penal e está sendo incriminado em outra expectativa seja por boatos ou pela personalidade dele. Ele não nega que tem envolvimento em outros delitos, que não tem relação com o caso. Quem está aqui vai ver o que é prova e o que é boato" disse Rufino.
O defensor público enfatiza que as próprias vítimas relataram ter apenas uma pessoas na cena do crime.
"No primeiro contato com a autoridade policial, as vítimas foram unânimes em dizer que só havia o Gleyson, o mesmo que foi morto dias depois pelos adolescentes acusados com ele. Isto nos leva a concluir muita coisa. Imagina a dor de ser acusado por algo que não cometeu. Só sabe quem passou por isso", finalizou o defensor Darcio Rufino.
Nas imediações do fórum há uma pequena movimentação de populares. Cerca de 30 policiais militares reforçam a segurança.
Atualizada às 7h30
Fotos: Wilson Filho/Cidadeverde.com
Para evitar tumultos, mais de 30 policiais foram solicitados para atuar no julgamento de Adão José Silva Sousa e reforçar a segurança da sessão, que é realizada na manhã desta terça-feira (27). O réu é acusado de ser o mentor do estupro coletivo de quatro adolescentes no município de Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. O crime ocorreu no dia 24 de maio de 2015 e chocou o país.
A rua onde fica o Fórum Desembargador Antônio de Freitas Resende está interditada e veículos estão proibidos de circular na via.
O julgamento inicia às 9h30. A sessão será fechada e imprensa e o público não poderão acompanhar o júri. Adão Sousa foi pronunciado pelos crimes de porte ilegal de arma, estupro, homicídio e corrupção de menores.
Ao todo, três testemunhas de acusação e cinco de defesa serão ouvidas pelo juiz Leonardo Brasileiro. Entre as testemunhas há uma mulher que está presa na Penitenciária Feminina de Teresina. Os defensores públicos que assistem o réu são Darcio Rufino e Leandro Ferraz. Já o promotor de acusação será Ricardo Trigueiro e o assistente João Washington.
O julgamento começará com o interrogatório das três vítimas, seguido das testemunhas de acusação, defesa, réu e o debate entre Ministério Público e defensores públicos.
Adão deve chegar ao Fórum Desembargador Antônio de Freitas Resende por volta das 9h.
O Conselho de Sentença é composto por sete pessoas.
Flash Graciane Sousa [Direto de Castelo do Piauí]
Izabella Pimentel, Yala Sena e Caroline Oliveira [Da Redação]
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