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Dicas quentes para aumentar a libido e melhorar a qualidade de vida

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A velha e boa conversa deve preceder qualquer tentativa de mudança na vida a dois, segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo. Corre-corre no trabalho e em casa, preocupação, ansiedade, tudo isso afeta a libido. “Se estamos estressadas, ficamos menos disponíveis para o sexo e, se o fazemos, tendemos a nos envolver menos. Assim, a relação não é prazerosa, e, se a recompensa não é boa, diminui a vontade de fazer”, avalia Carmita Abdo. Pior: o stress também tem consequências físicas indesejáveis. Com o coração e a cabeça a mil, aumenta na circulação a quantidade de adrenalina, substância que faz os vasos se contraírem, dificultando a lubrificação vaginal. Arranjar meios de desacelerar e relaxar, portanto, ajuda a melhorar as coisas na cama.

As chamadas rapidinhas até podem ter seu lugar numa vida sexual saudável. Mas a verdade é que, se para eles a penetração é o ponto alto, nós encaramos o sexo como um conjunto que inclui beijos, amassos e um menu variado de carícias. Isso porque precisamos de tempo e dos estímulos das preliminares para ficar totalmente lubrificadas, com a dilatação ideal da vagina. Conforme os anos passam, mais demorado pode ficar esse processo, já que a concentração de hormônios muda e as respostas do corpo tornam-se mais lentas. É por essa razão que os experts indicam explorar o próprio corpo para descobrir seus gatilhos e seu tempo.

Você já deve ter ouvido que o principal órgão sexual é o cérebro. Pois a lógica é simples e vale até para outras áreas. Compare: quanto mais aprendemos sobre vinhos, mais tentadora parece a próxima taça de um bom rótulo e mais prazer teremos ao degustá-la. Esquentar a relação depende mais do empenho do casal para construir um convívio saudável e sedutor do que de pegada forte na hora da transa. Em 2005, a pesquisadora canadense Rosemary Basson revolucionou os estudos sobre sexualidade quando se dedicou a desvendar o funcionamento da libido feminina e descobriu que ela é resultado de vários estímulos distribuídos pelo cotidiano. Por isso, não adianta seu parceiro esperar que entre no clima se ele não a excita no dia a dia com elogios, beijinhos e carinhos sem ter fim – e sem compromisso. Dica: tente a tática “faça com o outro o que quer que faça com você”.

Não busque justificativas para si mesma se anda sem vontade. Nem a menopausa é desculpa. A queda nos níveis dos hormônios sexuais, típica da fase, não tem efeitos diretos sobre a libido. A falta dessas substâncias, porém, reduz o número de células da vagina, diminuindo a elasticidade e deixando-a mais seca. “A relação sexual pode ficar dolorida e desagradável. E, quando se sente dor, é comum passar a evitar o sexo”, avalia o ginecologista Jorge Serapião, do Rio de Janeiro. A boa notícia é que há tratamento para isso. “Um recurso que ajuda a recuperar a elasticidade é aplicar na região um creme vaginal com hormônios.”

Cada um tem o próprio apetite sexual e não há padrões de normalidade a seguir. “Querer comparar o seu com o da amiga ou o do parceiro só prejudica”, diz Ruth Clapauch, vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. “O que não é normal é a libido de uma pessoa mudar de repente.” Colesterol alto, hipotireoidismo, glicemia e hipertensão podem diminuir a libido. Alguns anticoncepcionais e antidepressivos também. Antes de ir ao médico, vale avaliar a saúde do relacionamento.

 

Fonte: Revista Cláudia

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