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CREA-PI vai realizar vistorias nos locais atingidos pelas chuvas em Teresina

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O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí, CREA-PI, vai iniciar a partir desta terça-feira (3) uma fiscalização para mapear e analisar os problemas de drenagem causados pelas chuvas em Teresina. O presidente do Conselho, Ulisses Filho, explicou que os danos gerados ao solo associados as fortes chuvas são um "sinal de alerta".

Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta segunda-feira (2), ele deu um exemplo da problemática, que foi o rompimento da BR 343, próximo ao bairro Recanto das Palmeiras, na zona Sudeste, em que um bueiro que passava por baixo da pista cedeu por não suportar o volume das águas da chuva que passavam por ele.

"Nós estamos, tem certo tempo, preocupados com a questão da drenagem na capital e obviamente que este (o rompimento da BR 343) não é um fato isolado, é um sinal de alerta de possíveis problemas que podem ocorrer. Em outros locais ficou dificultada ou impossibilitada passagem de pessoas ou veículos. Isso coloca a cidade em situação de 'ilha' ou de dificuldade de deslocamento, então teremos que primeiro estudar esse problema e vê realmente o por que de isso está acontecendo na cidade de Teresina", explicou Ulisses Filho.

As vistorias vão começar inicialmente, de acordo com o presidente, pelos pontos mais críticos; nos constantes alagamentos que se formam em frente ao condomínio Mirante dos Lagos: no desabamento de terra próximo a empresa Hot Sat, ambos na zona Leste e no ponto onde houve alagamento na estrada que liga a capital à cidade de União. 

"A ideia é reunir os órgãos que são responsáveis por essa atividade para que em discussão com esses órgãos, possamos futuramente buscar soluções para que o problema não se agrave", acrescentou Ulisses Filho. 

Ele explicou também que nos últimos 15 anos o perímetro urbano horizontal da cidade aumentou consideravelmente, o que trouxe como consequência a retirada da cobertura vegetal e agravou a problemática da drenagem.

"pavimentou-se toda essa área e não mais a água infiltrou no solo e então ela passa a correr e pegar outros caminhos, o que provoca o acúmulo de água e esse volume natural da água  acaba aumentando. Então, traz consequências, e é necessário que tenha o conhecimento de todo o percurso que a água faz para que haja intervenção prevendo essa expansão", concluiu.    


Foto: Divulgação/Cidadeverde

Lyza Freitas
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