Cidadeverde.com

Com Sampaoli isolado, Messi conduz redenção da Argentina

Imprimir

RODRIGO MATTOS
SÃO PETERSBURGO, RÚSSIA (UOL/FOLHAPRESS)

Não foi apenas uma atuação técnica do nível Messi: foi muito mais do que isso. Com o técnico Jorge Samapoli isolado, o craque argentino passou a comandar a reação da seleção argentina. Uma cena demonstrativa foi a preleção que deu ao time antes de entrar em campo após o intervalo, na vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria nesta terça-feira (26).

Durante a semana, houve muita discussão em torno da influência de Mascherano e Messi sobre a escalação do time. As cenas em campo, de fato, mostraram um Sampaoli longe de seus comandados, festejou isolado nos dois e no final do campo se retirou deixando os jogadores para fazer festa. Ao final, em sua coletiva, atribuiu aos jogadores o excelente desempenho.

Rei morto, rei posto. O esquema de 4-3-3 feito à feição para Messi já era um indicativo da sua força, assim como a volta do amigo Di Maria. Também a presença de Banega tinha a ver com a melhora do time diante da Islândia com o meia, que tem boa parceria de toques com o craque argentina. E houve mais segurança defensiva para deixar a decisão nos pés de Messi, como em 2014.

Ao marcar o seu golaço, Messi foi abraçado por todos os jogadores na bandeira de escanteio mais distante do banco. No intervalo, foi Messi que chamou todos os jogadores para dar instruções. Segundo relatos de jornais argentinos, pediu que fosse mantida a ordem, que os toques fossem de primeira e sempre para frente.

Quando saiu o segundo gol, e o time argentino explodiu, os festejos foram entre os jogadores. Ao passar pelo banco, Messi deu um cumprimento de batida de mão em Sampaoli. O que levou o técnico a se dizer "muito orgulhoso" pelo gesto do craque, deixando claro quem era a figura mais relevante ali.

Foi Messi também quem deu o tom do discurso após a vitória. Disse que houve sofrimento, mas que agora o mais importante era deixar a crise de lado. Ao elogiar a torcida, disse: "Em nenhum momento deixou encher a cabeça com as bobeiras que se disse."

A maioria dos jogadores adotou tom parecido, dizendo que a vitória deu uma força anímica ao time. Meza chegou a observar que agora a França também vai ter que se preocupar com a Argentina.

Até o carrinho de Messi no final do jogo foi exaltado pela imprensa argentina como uma demonstração de que ele não foi "peito frio", isto é, sem raça, nesta partida decisiva. Ou seja, a nação argentina se enamorou de novo de seu ídolo, e ele parece pronto para conduzi-la até onde tiver forças.

 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais