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Force India perde todos os pontos e muda de nome na Fórmula 1

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JULIANNE CERASOLI
SPA-FRANCORCHAMPS, BÉLGICA (FOLHAPRESS)

A Force India revelou o nome com o qual disputará o restante da temporada da Fórmula 1. Depois de ser adquirida por um consórcio liderado pelo pai de Lance Stroll, Lawrence, bilionário famoso no mundo da moda, o time passará a se chamar Racing Point Force India. A mudança, contudo, não é só formal, já que a Force India foi oficialmente excluída do campeonato e o novo time começa a temporada, neste final de semana, no GP da Bélgica, com a pontuação zerada.

Isso também traz outras implicações importantes: como é, na prática, uma nova equipe, a Racing Point ficará de fora da divisão dos lucros com direitos comerciais neste ano e em 2019, uma vez que o regulamento prevê que uma equipe só entra na divisão do bolo se classificar-se no top 10 pelo menos duas vezes em três anos.

Os novos compradores, contudo, não tinham escolha. Para comprar a inscrição da Force India e simplesmente continuar a equipe anterior, teriam que esperar a liberação de mais de uma dezena de bancos na Índia, o que atrasaria demais o negócio. Para se livrar dessa complicação, o grupo liderado por Stroll comprou apenas a estrutura do time, e não sua inscrição.

Com isso, tecnicamente, a Force India foi à falência e, assim, deixou de cumprir com o artigo 8.2 do Regulamento Esportivo, que trata das responsabilidades financeiras das equipes. Por conta disso, o time foi oficialmente excluído do campeonato e perdeu os 59 pontos que conquistara.

À exceção dos pontos e do dinheiro dos direitos comerciais, a nova equipe herda todo o restante do espólio da Force India: os pilotos, pelo menos por enquanto, seguem sendo Sergio Perez e Esteban Ocon. E outros fatores, como a alocação de motores usada até aqui, também são herdados, uma vez que não são ligados à inscrição, mas sim ao construtor.

PRÓXIMOS PASSOS
Depois da entrada da nova equipe ter sido aprovada pela Federação Internacional de Automobilismo, o time vai disputar normalmente o GP da Bélgica neste final de semana. A tendência é que o mexicano Perez, que leva cerca de 15 milhões de euros para o time, permaneça no time ano que vem.

Em Spa, ele disse ao UOL Esporte que sabe onde vai correr ano que vem. "Não é necessário nem assinar o contrato, então é algo que deve se resolver nos próximos dias. É só uma questão de entender o momento da equipe."

Já o outro piloto será Lance Stroll. E existe a chance real dele assumir o cockpit que hoje é de Esteban Ocon ainda neste ano. Perguntado pelo UOL Esporte qual a chance de trocar de time em 2018, o canadense desconversou. "Você tem de perguntar ao meu empresário", disse, deixando em aberto a possibilidade de deixar a Williams, que é a última colocada do campeonato, com quatro pontos.

 

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