Professora estava escolhendo um picolé na farmácia quando foi morta. Crime ocorreu em dezembro de 2015 em Teresina
O acusado do latrocínio [roubo seguido de morte] da professora Ana Valéria Rocha Silva, em dezembro de 2015, foi recapturado na cidade de São Luís-MA. Rafael Ferreira Lima foi preso um dia após o crime, mas fugiu do sistema prisional do Piauí em 2016.
O crime ocorreu em uma farmácia no bairro Buenos Aires, na zona Norte de Teresina, e teve grande repercussão porque a vítima foi morreu na frente da filha de cinco anos. Ela escolhia um picolé na farmácia quando foi baleada e veio a óbito.
"Ele foi recapturado ontem (02) no Parque Vitória em São Luís-MA na própria residência. Ele estava foragido da penitenciária de Esperantina e tinha três mandados de prisão em aberto", disse o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada (GPE).
Pelo latrocínio da professora, Rafael foi condenado, em fevereiro de 2018, a 29 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado. Como estava foragido ainda não havia começado a cumprir pena. No ano do crime, um casal de primos também foi preso suspeito de participação no caso.
Rafael foi condenado pelo latrocínio da professora em fevereiro de 2018 (Foto: PC-MA)
O delegado Paulo Artur Garcia Franco, supervisor da Seccional Sul, em São Luís-MA, conta que o acusado foi preso após denúncia anônima. Interrogado, ele teria confessado participação no latrocínio da professora, mas alega que o tiro que matou a vítima foi disparado por um PM durante troca de tiros.
"A gente recebeu denúncia anônima de que ele estaria numa residência no Parque Vitória e fomos até ao local. A companheira informou que ele estava para o trabalho, então, o aguardamos e fizemos a prisão. Ele conta que desde que fugiu do Piauí estava escondido no Maranhão", disse Paulo Artur.
Frieza
Delegado diz que Rafael confessou participação no crime e demonstrou frieza
Para o delegado Paulo Artur, o acusado demonstrou bastante frieza. Ele- que tinha três mandados de prisão preventiva em aberto- teria confessado ao delegado que já teria cometido mais de nove assassinatos.
"Ele disse que já matou muito mais de 9 e matar mais uma pessoa não era nada. Uma pessoa muito fria, sem nenhum arrependimento", reitera Paulo Artur.
No Maranhão, Rafael trabalhava como ajudante de pedreiro e não era suspeito de crimes.
Recambiamento
O delegado Matheus Zanatta acrescenta que a Delegacia Geral do Piauí, através do GPE, fará o pedido de recambiamento para Teresina.
Delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada (GPE) vai pedir o recambiamento do preso
"Ele tinha três mandados em abertos: um por homicídio qualificado [ 2ª vara do Tribunal do Júri], o latrocínio da professora [ 8ª cara criminal] e outro da 9ª vara criminal que corre em segredo de Justiça. Ele permanece preso no Maranhão e vamos pedir o recambiamento para o Piauí", finaliza Matheus Zanatta, gerente da GPE, no Piauí.
Graciane Sousa
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