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Samuel Silveira diz que União não honrou acordo sobre venezuelanos em Teresina

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No último final de semana, um novo grupo de imigrantes vindos da Venezuela chegou a capital. De acordo com a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), o número na capital já ultrapassa 200 venezuelanos.

Desde o surgimento dos primeiros imigrantes, o debate sobre a assistência tem reunido as esferas municipal, estadual e até federal, com a vinda de representantes do Ministério da Cidadania até a capital

Meses após a reunião, o secretário da Semcaspi reclama da falta de assistência da União.

“A prefeitura tem custeado unicamente e isoladamente a manutenção dos nossos irmãos venezuelanos aqui em Teresina. Há uma perspectiva, uma promessa até então não honrada do governo federal de encaminhar os recursos necessários para custeio dos venezuelanos na cidade de Teresina”, reclamou o secretário.

De acordo com a Semcaspi, a maioria dos imigrantes possui hábitos de nômades, migrando da cidade para outros lugares. 

A prefeitura e juizados especiais chegaram a proibir a presença de crianças venezuelanas pedindo dinheiro em semáforos. Agora a ideia do poder público é que as crianças e adolescentes sejam matriculadas na rede municipal de ensino. 

“O grande desafio é a inserção das crianças no sistema regular de ensino”, revelou Samuel Silveira. 

Atualmente os venezuelanos estão abrigados em duas unidades, uma no bairro Poti Velho, no centro Piratinga, e outra no no antigo CSU do bairro Buenos Aires.

Problemas de saúde

De acordo com a coordenadora Regional Norte da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Ayla Calixto, os grupos de imigrantes são de origem indígena e, por questões culturais, têm aversão a vacinas e a atendimentos preventivos. Em novembro, um bebê venezuelano morreu na capital com sintomas de pneumonia.

“O contato deles com as unidades de saúde são quando estão com algum sintoma que está incomodando, uma dor de garganta uma conjuntivite, uma dermatite. São atendimentos pontuais. Eles não têm esse hábito da saúde preventiva e muitas vezes optam por chás e outros remédios caseiros”, explicou a coordenadora.

Segundo a coordenação da FMS, os imigrantes apresentam escabiose, piolho e conjuntivite nos últimos dias. “São os mais comuns. E as crianças a questão da gripe. O grupo não possui muitos idosos”, revelou a coordenadora 

Valmir Macêdo
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