Imprensado em meio a amigos e admiradores, o escritor Cineas Santos é questionado: “Em Teresina há panelinhas de artistas?”. A resposta é imediata: “Todo lugar do mundo tem. A minha é uma ‘panelona’. Eu também pertenço a uma ‘panelona’”, admitiu o presidente da Fundação Municipal Monsenhor Chaves durante o lançamento do seu livro “Ciranda Desafinada” voltada para o público infantil na Oficina da Palavra, ontem à noite.
À frente da Fundação Cultural há apenas um mês, Cineas Santos, reconhece que sempre existem “guetos” e grupos que se formam por afinidades. Porém, vai combater os “grupinhos” na Fundação. “A panela não significa proteção. Não significa que somente aqueles poderão fazer. A panela significa uma identificação com o projeto. Tinha panela é na Oficina da Palavra. Agora sou presidente da Fundação Monsenhor Chaves e acabou a panelinha”.
Taxado de “turrão” e sem “papas na língua”, o professor Cineas Santos manda um recado para os servidores que estão acostumados com “vida mansa” na cultura.
“Quem não tiver nada a fazer, peças contas, mude para seu órgão de origem, que na Fundação todo mundo vai trabalhar”, alertou.
Yala Sena
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