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Presidente da FMS anuncia Sindicância para apurar desvio de verba da Covid-19

Fotos: Natanael Sousa


O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Manoel de Moura Neto, anunciou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (2) que abriu sindicância para apurar denúncias de superfaturamento em compras de material de combate a Covid-19. As irregularidades vieram a público em operação da Polícia Federal deflagrada hoje. 

Manoel de Moura Neto garantiu que a instituição está contribuindo com as investigações da operação Caligo. A Controladoria Geral da União (CGU) e a PF investigam indícios de superfaturamento de R$ 4,5 milhões na compra de produtos que seriam utilizados no combate à Covid-19. Na coletiva,  o gestor disse que está tranquilo e que vai aguardar o desenrolar das investigações. Uma sindicância foi aberta.

"Recebemos a visita da Polícia Federal. Eles foram muito bem recebidos e fomos muito bem tratados por eles. A gente confia plenamente no trabalho da Polícia Federal, que eles vão chegar a um termo. Repassamos tudo que ele nos requisitaram. Oferecemos ao pessoal da Polícia Federal todo o apoio e continuamos oferecendo. Se eles precisarem de algo mais, não precisa ir ao judiciário, podem vir pessoalmente, até informalmente. Estamos abertos a oferecer aos agentes da lei qualquer informação que eles precisarem", afirmou o presidente da FMS.

Sobre os indícios de superfaturamento na compra de produtos, o presidente da FMS afirmou que para a analisar a situação é preciso levar o aumento do preço dos itens durante a Pandemia da Covid-19, bem como as oscilações do dólar.

"Houve uma explosão dos preços de vários itens, como máscaras, álcool em gel. Em abril e maio os preços explodiram. Para falar em  superfaturamento, tem que considerar o preço de mercado daquele dia em que o produto foi comprado", disse Manoel de Moura Neto.

Sobre a servidora Annelis Sobral, sócia de uma das empresas investigadas pela PF, o presidente da FMS informou que uma sindicância foi aberta para apurar irregularidades. A servidora faz parte dos quadros da FMS desde 2014, e exerce a função de odontológa. Ela não vai ser afastada durante o período de apuração da sindicância, mas poderá ser afastada ao final do processo .

"Estamos abrindo uma sindicância para apurar. Qualquer servidor que entre na fundação, ou no serviço público municipal, é obrigado a declarar que não exerce função incompatível com o serviço público" , afirmou o presidente da FMS, ao ressaltar que a servidora não fazia parte dos quadros administrativo/financeiro da pasta.

A Polícia Federal também apontou que, em alguns casos, há incompatibilidade entre a quantidade expressa na nota fiscal e o que realmente foi entregue. 

"Estamos averiguando se houve uma entrega diferente daquilo que foi comprado. A priori, não temos esse detalhe. Como a operação foi um pouco demorada, ainda vamos fazer essa análise ", explicou o diretor financeiro da FMS, Franze Chaves.

O presidente da Fundação Municipal de Saúde disse que conversou rapidamente com o prefeito Firmino Filho sobre a ação realizada pela PF nesta quarta feira. "Disse a ele que pode ficar tranquilo, que podem vasculhar a Fundação, mas não vão encontrar nenhuma irregularidade" afirmou.

Na tarde de hoje, o prefeito usou a rede social para comentar sobre a operação. 

 

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Natanael Souza
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