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Roubo a banco em Miguel Alves foi cena de "novo cangaço", diz comandante

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O tenente-coronel Adriano de Lucena, comandante de policiamento metropolitano 1,  relata que o cenário do roubo a uma agência bancária na cidade de Miguel Alves, com explosões e reféns, foi do tipo "novo cangaço". Até o momento, nenhum suspeito foi preso e todos os reféns foram liberados. O "novo cangaço" é conhecido por "tocar terror" em assaltos principalmente nos municípios do interior. 

"É verdade que nós podemos caracterizar essa ação como do 'Novo Cangaço'. É bom destacar que os elementos que se fazem presentes nesse tipo de ação. Nós temos criminosos que eventualmente já foram presos pela polícia em outras situações. As investigações irão estabelecer essas questões. Nós temos a utilização de armamentos de guerra, fuzis e armas longas; armas de uso restrito que entra no Brasil por contrabando".

Segundo o comandante, "os veículos utilizados pelos criminosos foram abandonados em localidades vizinhas a Miguel Alves e foram incendiados, logo após a liberação dos reféns".

"Temos também a utilização de explosivos especializados que não são de livre comércio. A aquisição desse material ou ocorre por contrabando ou por furto e roubo".

As Forças Táticas do 5º e do 16º Batalhão da Polícia Militar foram deslocadas para a cidade assim que populares acionaram a Polícia Militar por meio do 190. Equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foram acionados porque, além do roubo em si, artefatos explosivos foram encontrados dentro da agência bancária.  A polícia retirou os artefatos com os cuidados necessários. 

"Nenhuma hipótese foi abandonada até porque todas as forças continuam na região. Policiais do BOPE, do 5º e do 16º Batalhões, policiais de área continuam para fazer a prisão desses elementos, caso ainda estejam na região". 

O comandante disse ainda que não pode destacar nenhuma possibilidade de relação entre a explosão da agência em Miguel Alves com a explosão dos caixas eletrônicos na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Teresina. As polícias judiciária, civil, federal e militar atuam com os seus inquéritos para identificar e prender todos os suspeitos nas duas explosões. 

"Todos os elementos de provas coletados, todo o modus operandi estabelecido, a forma como ocorreu, o equipamento de uso, compõem o rol de informações que ajudam tanto a Polícia Militar como as instituições de polícia judiciária a desvendar os crimes".


Foto: PM

 

Carlienne Carpaso
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