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Vasco leva sustos do Fortaleza, só empata em casa, mas deixa a zona da degola

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O Vasco falhou em sua missão de ganhar um respiro na luta contra o rebaixamento. Depois de boa vitória na casa do Sport, recebeu o Fortaleza em São Januário animado com a chance de subir para o 11° lugar no Brasileirão.

Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Mas jogou abaixo do esperado, passou sustos e só está fora do grupo dos rebaixados pelos critérios de desempate.

O Vasco soma os mesmos 23 pontos que o Bragantino, o 17° colocado, e está fora da zona da degola por somar uma vitória a mais. Não aproveitou o jogo atrasado para se aliviar e agora terá a dura missão de segurar o embalado São Paulo,no Morumbi, domingo.

O técnico Ricardo Sá Pinto estava animado com a possibilidade de repetição da escalação vitoriosa contra o Sport. Mas de última hora perdeu o meia Benítez, diagnosticado com a covid-19. E o argentino faria muita falta numa partida sob chuva. 

Sem seu armador, o treinador recorreu a Yago Pikachu, até então em baixa no elenco e sem espaço. Entrou de última hora e não conseguiu fazer o time render nos 90 minutos.

O começo do Vasco até foi melhor, chegando bastante nas jogadas de bola parada. Porém, sem um grande lance de perigo. Faltava capricho na transição e mais força ofensiva. Problemas recorrentes de quem joga contra a queda. O nervosismo atrapalha

Também precisando da vitória, mas mais bem colocado, o Fortaleza apresentou-se melhor na etapa. Dominou a posse de bola e deu alguns sustos com Romarinho e os zagueiros Jackson e Bruno Melo

Desgostoso com a pouca produção ofensiva, Sá Pinto voltou do intervalo com o colombiano Gustavo Torres na vaga de um apagado Talles Magno. A ordem era dar mais correria no jogo.

O que se viu foi uma etapa mais aberta, com os goleiros, enfim, trabalhando. Após Cano quase marcar em cruzamento de Torres, Felipe Alves fez bela defesa em chute forte do colombiano.

O Fortaleza escapou de sofrer o gol e por pouco não fez o seu no contragolpe. Fernando Miguel protagonizou um milagre na finalização de Bergson.

O Vasco atacava e corria riscos atrás. O Fortaleza chegava com muita gente na área. Faltava, contudo, ser mais efetivo e caprichoso. No passe final, devolvia a bola aos cariocas.

Ciente que não podia tropeçar em casa, o Vasco aplicou uma blitz ofensiva nos minutos finais. Na base do desespero. Cruzamentos de todo lado, insistência por cima, chute de fora da área e nada de gol.

Pior, ainda viu os visitantes falharem em duas boas chances nos minutos finais que podiam custar a derrota e uma vaga entre os piores aos cariocas.

De bom no empate para os mandantes, apenas o fato de não "dormir" entre os rebaixados. Muito pouco para um grande que já sentiu a dor de queda três vezes.

Por Fabio Hecico, especial para a AE
Estadão Conteúdo

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