"A acessibilidade representa o aumento de um centavo na passagem de ônibus. O município nunca foi a favor da adaptação, que está cumprindo só porque é lei e o valor não representa nada diante dos benefícios", completa Marluce.
A promotora defende que o projeto Transporte Eficiente tem que coexistir com o transporte coletivo e o município tem que se adaptar, tanto ruas como calçadas. Além disso, o que a legislação manda é que 100% da frota seja adaptada. Segundo estimativas da prefeitura, até o final do ano mais 50 ônibus deverão entrar em circulação.
Associações de Deficientes Físicos corrobora da opinião do Ministério Público. “É importante o ônibus adaptado. Mas não vai resolver o problema porque Teresina não é uma cidade adaptada para os deficientes. É muito bonito falar sobre a acessibilidade, mas o prefeito precisa ver a realidade da cidade e a melhor opção é a melhora do Transporte Eficiente”, declara a presidente da associação, Carla Cléa.
Silvana Miranda, presidente da Associação dos Cadeirantes, disse que compartilha do pensamento dos deficientes. “O ônibus vai beneficiar pessoas que andam de muletas, idosos, e os cadeirantes em si não serão muito beneficiados. Os cadeirantes precisarão de acompanhantes de qualquer forma. É vital o transporte eficiente”, afirmou.
Quem irá fazer a seleção dos motoristas que irão atuar no transporte coletivo adaptado são as duas associações. Eles ainda irão definir critérios para a seleção.
Prefeito: "Adaptar vans para deficientes é jogar dinheiro público fora"
Cadeirantes não aprovam adaptação de coletivos
Flash de Naruna Brito
Redação de Leilane Nunes