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COE divulga carta aberta à população sobre leitos de UTIs: “situação emergencial”

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Foto: Ascom/Sesapi


O Comitê de Operações Emergenciais em Saúde Pública do Piauí divulgou carta aberta no início da noite desta quarta-feira (23) classificando como “situação emergencial” a ocupação de leitos clínicos e de UTIs nos hospitais privados de Teresina.

Veja recomendações aqui

Hoje, três hospitais da iniciativa privada da capital suspenderam atendimento, devido a lotação máxima dos leitos clínicos e Covid-19.  

“O Centro de Operações Emergenciais em Saúde Pública (COE/PI), comitê consultivo formado pelas autoridades sanitárias do estado do Piauí, reunido em 23 de dezembro de 2020, avaliou como situação emergencial, dentro da atual conjuntura pandêmica, a taxa de ocupação dos hospitais da rede privada, seja no que tange a leitos clínicos, de emergência e de unidade de terapia intensiva (UTI)”, diz a nota.

O documento assinado pelo secretário Estadual de Saúde, Florentino Neto, e os integrantes do COE pede que a população e os prefeitos eleitos reforcem as medidas higiênicas de combate a Covid-19 – uso de máscara, álcool em gel, distanciamento e evitar aglomerações. 

Na nota o comitê lembra que a taxa de ocupação hospitalar da rede pública está inferior a 50% , porém o esgotamento da capacidade da rede privada no município de Teresina é motivo de alerta e pede intensificação das medidas higienicossanitárias, como forma de mitigação do risco da Covid-19. 

“O COE Piauí se reuniu hoje e atento a situação da rede privada de saúde de Teresina, que está com a ocupação alta, dos leitos destinados ao tratamento da Covid-19,  estabeleceu este alerta para a população para que continue cumprindo as medidas higienicossanitárias estabelecidas pelos órgãos de vigilância em saúde, com a finalidade de controlar o avanço da doença”, destaca do secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto. 

No documento, o COE reitera e solicita que a sociedade piauiense continue executando as ações de prevenção e assistência à saúde pública, e cumprindo as determinações do Governo do Estado e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). 

“Pedimos à população do Piauí que possam atender a este alerta, para que possamos passar as festas de final de ano de forma segura. Nossa rede está preparada para atender, porém é necessário a colaboração de todos para não sobrecarregar nosso sistema de saúde”, enfatiza o secretário. 

Também foi feito um alerta aos atuais gestores municipais, bem como, àqueles que assumirão em 1º de janeiro de 2021, para manter o cumprimento dos protocolos de medidas higienicossanitárias e das notas e recomendações técnicas expedidas pelo Governo do Estado e pela Sesapi e Vigilância Sanitária, que estabelecem normas a serem observadas durante a pandemia e em especial nesse final de ano.

 

Alerta para as festas de final do ano

 


“As pessoas perderam o medo da Covid-19. Está tendo mais de 100 pessoas aglomeradas em ambientes fechados. A vacina não chegou”, diz Superintendente de Gestão da Assistência de Média e Alta Complexidade, Alderico Tavares.

O médico ressalta que as pessoas precisam respeitar o “decreto do governador do dia 04 de setembro (de 2020) que proíbe qualquer festa acima de 100 pessoas. O decreto é bem claro: possibilita 100 pessoas em lugares abertos”.  No boletim da Secretaria Estadual de Saúde, do dia 22 de dezembro, o Piaui contabiliza 139.168 casos confirmados e 2.788 mortes pelo novo coronavírus.

“A gente faz o apelo, que as pessoas respeitem as portarias, respeitem as recomendações. Se aglomerar no final de ano, se não respeitar, a gente vai estar com as UTIs super lotadas na primeira quinzena de janeiro”.

“Então, a gente vê com muita preocupação. Todas as medidas higiênicas sanitárias precisam ser obedecidas. Nós estamos vivendo um novo normal, a gente precisa que isso seja respeitado, que a população diminui as aglomerações. A forma de não se contaminar, de não adoecer, de não ocupar um leito na UTI é se protegendo, ter o distanciamento social, usar a máscara, lavar as mãos com água e sabão, o uso de álcool em gel”, diz.

Alderico Tavares lembra que as unidades de tratamento intensivo dos hospitais privados voltaram a registrar superlotação em dezembro. 

“A rede privada já está com a taxa de ocupação acima de 95%, recusando pacientes que estejam com síndrome respiratória aguda. Vai acontecer a mesma coisa que ocorreu no início da pandemia: a rede privada totalmente lotada e depois a lotação da rede pública”. 

O médico conta que o Piauí está em risco moderado da doença. “Nós já desativamos mais de 100 leitos covid no Piauí, e isso nos preocupa apesar de estarmos com risco moderado em todo o estado, com a média móvel de 400 casos/dia com média de óbitos de cinco”. 

Intensificar fiscalização

As forças de segurança e a vigilância sanitária foram convocadas a intensificar a fiscalização em todo o estado, para minimizar a propagação do vírus durante o Natal e a virada de ano, quando tradicionalmente a população se reúne para festejar.

A norma mais recente editada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), reafirma que os eventos festivos de fim de ano não poderão reunir mais que 100 pessoas, independente do tamanho do espaço em que é realizado. A nota-técnica estabelece o número máximo de 15 pessoas em reuniões familiares.

Os eventos drive in são exceção. Fica mantido o limite de até 1 mil espectadores no espaço onde acontece a apresentação artística, sendo 4 pessoas por veículo. O objetivo é permitir as comemorações, garantindo segurança.

Vacinação

O governo reafirmou a previsão de chegada das primeiras doses de vacina contra o coronavírus ao Piauí no dia 21 de janeiro. Serão 196 mil doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca.  A distribuição para os municípios mais distantes se dará por avião. As cidades mais próximas receberão as doses por via rodoviária.

Calamidade

O COE Ampliado foi comunicado da prorrogação do estado de calamidade no Piauí por até 180 dias. Segundo o governo, os demais estados brasileiros, devem seguir o mesmo caminho.

 

Yala Sena e Carlienne Carpaso
[email protected] 

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