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Governador diz que insumos “estouraram os preços” e pede solução para evitar colapso

Fotos: Roberta Aline

Os insumos hospitalares voltaram a ser motivo de preocupação dos governadores. Por causa do aumento excessivo de preços, o temor do desabastecimento volta à tona, assim como aconteceu em 2020. O assunto foi discutido nesta sexta-feira (12) entre os governadores e os presidentes do Senado e Câmara Federal. O governador Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio Nordeste e articulador da temática da vacina, defendeu a intervenção do Ministério da Saúde.

“Precisamos ter um trabalho juntos em busca de uma solução nessa parte da aquisição de medicamentos e insumos, que agora estouraram os preços. Precisamos de uma solução para evitar desabastecimento, e isso levando uma situação de colapso na rede como já aconteceu em 2020”, disse o governador, que se recupera em casa de uma cirurgia nos olhos.

Segundo Wellington Dias, o Ministério da Saúde tem poder para intervir e garantir a compra dos insumos. “O próprio Ministério da Saúde, com o poder que tem, pode requisitar esses insumos, medicamentos, luvas, testes, exames, enfim, o que for necessário para cuidar de toda, não só da rede covid-19, mas também os outros pacientes em outras áreas”, afirmou.

Auxílio Emergencial

O governador comentou sobre a proposta de retorno do auxílio emergencial e disse que o socorro à população é fundamental.

“Temos o compromisso com a pauta federativa onde o auxílio financeiro é um ponto principal. Essa agenda que está sendo realizada agora entre o presidente da Câmara e do Senado; o ministro Paulo Guedes e o ministro general Ramos, é fundamental para que a gente tenha um socorro aos mais pobres e as condições de evitar um caos social, além da preocupação com emprego e a retomada do crescimento econômico. Toda essa pauta nós queremos participar, partilhar e contribuir. Apresentamos algumas sugestões e temos o compromisso de ser ouvidos e podemos participar nas decisões dos rumos do Brasil”, declarou.

Vacinas

Wellington Dias defendeu celeridade na aquisição de vacinas para que o país avance na imunização e cumpra as metas estabelecidas. “Também destaco a emergência que é essa solução que apresentamos como o nosso SOS em relação ao financiamento das vacinas. O financiamento garantindo o cronograma de vacina e vacinação na entrega para os estados, seja em fevereiro, março, abril, maio, junho. O ministro Pazuello anunciou na audiência no Congresso que o governo tem compromisso de vacinação de metade da população brasileira no mínimo até o mês de junho, até agora nós estamos com 2% da população vacinada, algo que vai nos apontar para os primeiros 30 dias de vacinação aproximadamente 3% da população vacinada e, nesse ritmo, nós não vamos alcançar este objetivo. Então, qual é mesmo o cronograma?”, questionou, defendendo a compra direta por estados.

“O que está assegurado de compra, de entrega mês a mês, daqui até o mês de junho para que possamos, com isso, examinar a possibilidade de os estados poderem comprar excedentes, comprar acima daquilo que está programada pelo plano nacional de imunização e pelo mesmo plano Nacional de imunização estados e municípios conseguindo comprar, o de garantir as condições de ampliar vacinação”, explica.

Ainda segundo o governador, há uma discussão para que setor privado também possa vacinar e, desta forma, acelerar a imunização.

“O próprio setor privado, em regras estabelecidas no Plano Nacional de Imunização, pode ajudar também a acelerar a vacinação no Brasil. Quanto mais cedo sairmos da pandemia através da imunização da nossa população, mais cedo saímos dessa crise”, ressalta.

Wellington Dias classificou a agenda com o senador Rodrigo Pacheco e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, como positiva.

“Abrimos um bom diálogo com o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, e também com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, para o compromisso lado a lado dos governadores e do Congresso Nacional de, independente das divergências, das disputas políticas, trabalharmos de forma madura uma pauta em que possamos tratar tendo diálogo e o entendimento como parâmetro, dialogando cada um de nós com nossas bancadas, líderes, com a direção das duas casas de maneira que, com isso, possamos apontar um rumo para o Brasil”, finalizou.

Hérlon Moraes
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