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Desenho homenageia Hemopi, retrata superação de menino de 3 anos e emociona a web

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Um desenho simples, mas carregado de amor produzido por Kaio Vieira, que ilustrou a família de seu tio, para homenagear a vida do pequeno Arthur, seu primo de 3 anos, que sofre de hemofilia. A doença é grave e faz com que a família precise se deslocar, regularmente, do município de Cristino Castro, a 590 km, até Teresina, para o tratamento. São cerca de 8 horas de viagem em uma rotina que já dura desde o nascimento. O desenho homenageiou Hemopi, retrata superação do menino e emocionou a web.

Arthur nasceu em agosto de 2017, no dia 19. Em fevereiro do ano seguinte, ele começou a apresentar umas manchas na pele, com pequenos inchaços, mas a princípio os seus pais, Bartô Pereira e Luana Cavalcante, achavam que eram insetos, por causa da proximidade da casa com terrenos baldios. Mas, o bebê não reagia aos ferimentos e isso levou ao próximo passo: a consulta médica que alertou sobre a doença e pediu os exames para a confirmação.

No dia seguinte, os exames foram feitos e uma dilatação da veia provocou um sangramento no braço direito. O caso era grave e Arthur foi encaminhado para o hospital com acompanhamento pediátrico. Passando 24h, o quadro de Arthur piorou e ele teve que ser transferido Teresina, que não tinha vagas disponíveis.Em Bom Jesus, o médico que atendeu, conseguiu uma vaga no dia seguinte pela manhã. Na corrida contra o tempo e sem possibilidades de suportar uma viagem de ambulância, Arthur teve que ir de avião.

"De início foi muito preocupante, porque a gente não sabia nada dessa doença e o deslocamento até o local de tratamento... Tudo isso era muito angustiante. Ele sofria muito com as viagens, com a aplicação do fator na veia, na coletagem. A gente sofria bastante pelas viagens serem frequentes. Agora estamos mais tranquilos, pois já sabemos os cuidados necessários e fomos treinados a lidar com o dia-a-dia", contou o pai de Arthur.

Antes da pandemia, Arthur viajava todo mês a Teresina. Agora, esse roteiro foi mudado e a cada três meses retorna para as consultas e os exames com a médica Maria Aline Serqueira. 

Já em casa, a rotina é da seguinte forma: ele faz profilaxia, toma o fator VIII recombinante toda segunda e sexta. Caso ele se machuque durante os outros dias, ele também toma a dose do fator. O cuidado é grande para que ele não se machuque muito forte, principalmente na cabeça e no peito.

"Arthur é uma criança bastante inteligente, pois já sabe bastante o que ele pode ou não pode. Não temos mais dificuldades para fazer o fator e ele já sabe todos os procedimentos e deixa tranquilo", contou Luana, a mãe.

O desenho

Mas para além do apoio dos pais, Arthur conta com o amor dos familiares. O próprio Kaio, de 18 anos, que fez desenho, já acompanhou o primo uma vez em suas consultas em Teresina e ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi). A escolha da ilustração veio da vontade de cursar artes e seguir no meio da produção artística.

"Eu gosto muito deles, eu gosto muito da família. E aí eu resolvi fazer essa homenagem, retratar como é a vida deles. Eu tenho uma relação muito boa com eles, resolvi fazer para dar para ele. Aí pensei em fazer com o Hemopi atrás e fiz esse desenho que mostra o quanto eles são fortes e guerreiros. Mostrei e eles ficaram muito felizes", contou Kaio que teve seu desenho publicado nas redes sociais do Hemopi.

"Kaio gosta muito de desenhar, ele tinha me falado que ia fazer um desenho da nossa família, mas nunca imaginei que de fato ele ia fazer esse desenho, que representa muito a nossa história com o Arthur. Fiquei muito feliz", concluiu a mãe.

Hemofilia

A hemofilia é uma doença que se dá em homens e que incapacita o organismo de coagular o sangue, causando uma desordem no mecanismo de coagulação. A hemofilia do tipo A ocorre pela deficiência do fator VIII. A doença pode ser classificada ainda em três categorias: grave, moderada e leve. 

A de Arthur é grave, pois o fator está presente em seu organismo em menos de 1% e com isso foi se apresentando logo em poucos meses de vida. "Cada dia é uma nova experiência quanto a hemofilia por ser uma doença de bastante cuidado", disse o pai.

Doação de sangue

O Hemopi é referência para o tratamento de doenças hematológicas, como a hemofilia, anemia falciforme, talassemia e outras. Atualmente, o percentual do banco de sangue está reduzido devido a pandemia. Esses pacientes, como Arthur, precisam da doação. Mesmo com os decretos dos feriados e ponto facultativo, o Hemopi em Teresina está funcionando normalmente. Nos feriados em horários de 7h15 às 17h, assim como no sábado. E durante a semana, o funcionamento ocorre até às 18h.

No interior, ainda não há uma definição do Hemopi quanto ao decreto estadual que garante feriados. O Hemopi em Picos, Parnaíba e Floriano funciona de segunda à sexta de 8h às 18h. O Centro atende hospitais da rede pública e parte da rede privada.

 

Da Redação
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