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Gre-Nal da crise opõe pior ataque a uma defesa vulnerável no Brasileiro

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O Gre-Nal vai ganhar um capítulo em sua história de maneira pouco usual. O clássico deste sábado (10), às 16h30, na Arena do Grêmio, opõe times em crise, que vêm jogando um futebol de pouca inspiração e que ainda não se encontraram no Campeonato Brasileiro. 

Foto - Ricardo Duarte - Internacional

Do lado tricolor, está o pior ataque a competição. Do lado colorado, uma das defesas mais vazadas.

O Grêmio, que terá a estreia do técnico Luiz Felipe Scolari no clássico, faz o pior início de sua história num Brasileiro por pontos corridos. A equipe não venceu nenhuma vez em seus oito primeiros jogos e tem um setor ofensivo inoperante.

Foram apenas quatro gols marcados, o que certamente explica a posição de lanterna, com apenas dois pontos em oito jogos. Como base de comparação, o melhor ataque da competição é do Red Bull Bragantino, com 20 gols.

Todo os gols tricolores foram marcados em apenas duas partidas: dois deles na derrota para o Ceará por 3 a 2, no Castelão, e os outros dois no empate com o Santos, em Porto Alegre.

Nas outras seis derrotas, o Grêmio sequer conseguiu balançar as redes. Seus algozes foram Atlético-GO, Athletico-PR, Sport, Juventude e Palmeiras. O calendário tricolor também contempla um empate sem gols com o Fortaleza em casa. Isso lhe confere uma média de apenas um gol a cada duas partidas.

Diego Souza e Matheus Henrique foram os únicos titulares que marcaram pelo Grêmio no Brasileiro. Os gols foram marcados no empate contra o Santos. Diante do Ceará, o time tricolor atuou com uma formação mesclada por reservas, e os tentos foram de Vanderson e Ricardinho.

A situação atual contrasta com um momento inverso ao vivido pelo Grêmio há um mês. No começo do Brasileiro, o time então comandado por Tiago Nunes podia se orgulhar de ter o melhor ataque do Brasil. 

O clube tricolor havia acabado de conquistar o título da Recopa Gaúcha com uma vitória por 3 a 0 sobre o Santa Cruz-RS e contabilizava 68 gols em 28 partidas.

Essa conta dava ao Grêmio uma média de 2,43 gols por partida nas seguintes competições: Copa Sul-Americana, Recopa Gaúcha, Campeonato Gaúcho, Copa Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. 

Nesse período, de pouco mais de três meses, o Grêmio chegou a emplacar uma sequência de dez vitórias sob o comando de Nunes e aplicou goleadas históricas: 6 a 1 no Ayacucho (PER), 8 a 0 e um 6 a 2 sobre o Aragua (VEN).

O divisor de águas foi o jogo de volta contra o Brasiliense pela terceira fase da Copa do Brasil. O empate sem gols foi o início desse período de seca que culminou, inclusive, com a demissão do técnico Tiago Nunes após a derrota para o Atlético-GO.

O Internacional, por sua vez, também apresenta problemas no setor ofensivo -foram só dez gols marcados em dez jogos-, mas a situação crítica está na defesa. O time levou 16 gols em dez partidas e tem a segunda pior defesa do Brasileiro. 

A Chapecoense é a equipe mais vazada, com 18 gols sofridos. Os times com menos gols são Atlético-GO e Flamengo, com oito cada.

Quase um terço desses gols foi levado em um só jogo -a goleada sofrida por 5 a 1 para o Fortaleza. Mesmo assim, a média é alta e resulta na campanha ruim até o momento por estar combinada com um ataque pouco produtivo.

No Beira-Rio, por exemplo, foram oito gols sofridos em cinco jogos, valendo ao Inter apenas dois pontos.

Se existe algum ponto positivo a falar, ele está no desempenho colorado como visitante. Foram oito pontos somados, o que lhe dá um aproveitamento superior a 50%. Nem mesmo a chegada do técnico Diego Aguirre consertou a retaguarda. O Inter sofreu sete gols nos cinco jogos sob seu comando.

O grande problema para o Inter neste setor é a falta de continuidade de seus jogadores. Victor Cuesta, o beque mais experiente do grupo, atuou em oito jogos. Em cinco, ele teve Lucas Ribeiro como companheiro de zaga. Nos outros três, o parceiro foi Pedro Henrique.

Quando Cuesta não atuou, o desempenho defensivo do Inter foi dos piores. Levou cinco gols do Fortaleza com sua zaga formada por Pedro Henrique, que acabou expulso, e Zé Gabriel. 

Diante do São Paulo, Lucas Ribeiro foi o parceiro de Pedro Henrique, com o estreante Bruno Méndez atuando improvisado na lateral direito. Nada funcionou, e a derrota por 2 a 0 ampliou a crise no Beira-Rio.

As laterais também têm sido um grande problema para o Inter. Moisés, o titular absoluto, está com uma lesão muscular. Léo Borges e Heitor foram testados no setor até a contratação de Paulo Victor, do Botafogo. 

Do lado direito, Saravia deveria ser o dono da posição, mas ainda não está em forma depois de passar por uma cirurgia no joelho e por ter se recuperado há pouco tempo da Covid-19.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

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