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Incêndio na divisa do Piauí e Ceará já destruiu área equivalente a 18 mil campos de futebol

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Uma aeronave da Secretaria de Segurança Pública do Ceará deve auxiliar no combate ao incêndio, que já dura mais de dez dias, em região de mata entre o Piauí e o vizinho estado. Drones têm sido usados para monitorar a área e auxiliar na estratégia para conter as chamas. Nesta segunda-feira (06), o trabalho das equipes teve início ainda durante a madrugada e mais efetivo do Corpo de Bombeiros do Piauí e motocicletas serão enviados para o local.

"Estamos tentando acionar uma areonave da Segurança Pública do Ceará que será útil para lançar água e também para transportar a equipe para uma área que não temos acesso", explica o tenente-coronel João Costa, comandante de operações do Corpo de Bombeiros

A mata seca, os ventos de até 18 km/h e o difícil acesso têm dificultado o trabalho das equipes que têm percorrido até 4 km a pé e com equipamentos. 

"A gente consegue fazer parte do trajeto nas viaturas, mas outra parte tem que ser a pé, o que é em média 3 a 4 km a pé e com equipamentos. Uma mochila com 22 litros, sopradores e outros equipamentos, um peso que dificulta mais. Hoje estamos enviando mais uma equipe e motos que vão ajudar levar nossos equipamentos", explica o tenente-coronel. 

No último levantamento via satélite, o fogo já tinha consumido 18. 620 hectares de área, o equivalente a 18 mil campos  de futebol. 

Equipes do Corpo de Bombeiros, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), PrevFogo e das prefeituras de Milton Brandão e Buriti dos Montes auxiliam no combate ao fogo. 

"Essas prefeituras têm dado o apoio logístico e material. Já a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semar) tem disponibilizado os drones, equipamentos e técnicos. Essa integração é fundamental. Às noites, por exemplo, a Semar lança os drones e conseguimos ver a linha de fogo com maiores detalhes", explica o tenente-coronel. 

O fogo teria começado na cidade de Poranga-CE no último dia 23 e chegado ao Piauí no dia 27.

"A gente tem feito aceiros de até 5 km de largura, mas temos informações que focos que já tínhamos apagado, retornaram. Isso porque a vegetação é muita seca e os ventos são muito fortes", pontua o militar dos Bombeiros. 

FOGO AMEAÇA COMUNIDADES

Nas comunidades ameaçadas pelo fogo, proprietários tiveram que levar o gado para uma área segura. 

"Quando os moradores percebem que o fogo está indo na direção deles, eles entram em contato com a gente e damos o suporte necessário", completa o comandante de operações. 

No momento, as comunidades com maior risco são Bom Princípio e Cantanduvas, na cidade de Milton Brandão; e Conceição dos Marreiros, em Buriti dos Montes. 

Graciane Sousa
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