Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com
Pais e estudantes da zona rural de Teresina questionam a nova portaria da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) que proíbe a venda e comercialização de vale-transporte e passe estudantil em papel.
O questionamento chegou a Comissão Municipal Expedidora de Identidade Estudantil (CMEIE), que informou ao Cidadeverde.com que as linhas da zona rural ainda não possuem o validador do cartão eletrônico e por isso esses estudantes utilizam o passe impresso para se deslocar.
“Esses estudantes tiram a carteira de estudante da CMEIE no sentido de usufruir a meia-passagem, mas essas empresas da zona rural geralmente não tem o validador que utiliza a bilhetagem eletrônica e o Setut disponibiliza o vale estudantil para eles”, explica o presidente da CMEIE, Ranilson Gonçalves.
Ainda de acordo com Ranilson Gonçalves, grande parte das linhas rurais também não aceitam o pagamento em dinheiro da meia-passagem e a única forma de deslocamento dos alunos seria através do passe impresso. O presidente ressalta ainda que a portaria da Strans estaria ferindo o direito do estudante da meia-passagem.
“Boa parte não aceita pagamento em dinheiro da meia-passagem e sim só com o vale estudantil. A portaria de certa forma está ferindo o direito do estudante de pagar a meia-passagem que é garantido em Lei Municipal”, destaca Ranilson Gonçalves.
O presidente da CMEIE também informou que já entrou em contato com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito e que aguarda um retorno do órgão para que os estudantes não fiquem prejudicados.
“Entrei em contato com a Strans para a gente ver uma forma que o estudante não possa ser prejudicado porque ele precisa do transporte. Também estamos à disposição da Strans para contribuir da melhor forma possível”, finaliza o presidente.
O Cidadeverde.com tentou contato com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), mas até o momento não obteve retorno.
O que diz a portaria
A portaria, assinada pelo superintendente Cláudio Pessoa Lima, determinou a imediata suspensão de comercialização de vale-transporte e passe estudantil em papel a partir dessa segunda-feira (1º).
Atualmente, a venda e a comercialização de vale-transporte e passe estudantil em papel impresso é de responsabilidade do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (SETUT).
Segundo a Strans, a medida visa evitar irregularidades na venda e possível migração de passageiros do cartão eletrônico para o vale no papel, o que seria um retrocesso, de acordo com o órgão.
Rebeca Lima
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