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Setut diz que não vai apresentar proposta para fim da greve até acordo com prefeitura

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O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) informou nesta quinta-feira (31) que não vai apresentar qualquer tipo de proposta para os trabalhadores do transporte coletivo, que estão em greve desde o dia 21 de março, até que a Prefeitura de Teresina se comprometa a passar mais recursos para o sindicato.

A desembargadora Liana Chaib e o desembargador Manoel Edislon, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), tentam agilizar um acordo, mas até o momento sem sucesso. 

A Prefeitura de Teresina já apresentou uma proposta onde continuaria a manter o repasse para o Setut de R$ 1,2 milhão, além da possibilidade um aporte para o subsídio do diesel e até mesmo um repasse fixo para os trabalhadores do transporte coletivo, em valor não informado.

Já os empresários não apresentaram propostas para os trabalhadores para que greve seja encerrada. Segundo a consultora jurídica do Setut, Naiara Moraes, só será apresentada uma proposta se a prefeitura se comprometer a passar mais recursos.

Foto: Arquivo/Cidadeverde.com

 

“Para efetuar qualquer tipo de proposta para os trabalhadores na melhoria dos direitos, é preciso que exista um compromisso do município com o subsídio ao sistema, sem esse subsídio não é possível equilibrar esses custos e não é possível os empresários fazerem qualquer tipo de acordo com os trabalhadores”, afirmou.

Ela destacou que por enquanto a situação permanece a mesma. “O impasse continua, porque não há um entendimento claro sobre a necessidade do município de assumir essa posição do subsídio e de manter o contrato administrativo dentro das obrigações que foram estipuladas na licitação”, destacou Naiara Moraes.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Antônio Cardoso, afirmou que a proposta da Prefeitura de Teresina de um repasse fixo para os trabalhadores foi discutido com a categoria, mas não foi considerado o suficiente para o fim da greve, pois a principal reivindicação é a assinatura da convenção coletiva, que protege os trabalhadores em relação ao pagamento dos salários e demais direitos trabalhistas.

“Foi apresentada uma proposta, vindo pelo TRT, onde passamos para a categoria, onde é uma proposta fixa e foi mostrada no papel, mas a categoria não aceitou, porque o nosso objetivo desde o começo e o que mais almejamos é a convenção”, explicou.

Antônio Cardoso ainda criticou a falta de colaboração do Setut nas negociações. “É uma coisa que a gente não entende, porque é um processo entre a prefeitura e o Setut onde a gente também é vítima, que eles resolvessem essa situação de uma vez por todas, pois quem não está querendo negociar é o Setut. A greve continua e não sabemos quais as consequências daqui para a frente, mas estamos unidos em busca de uma saída”, disse Antônio Cardoso.

 

Bárbara Rodrigues e Gorete Santos
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