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Piauí Dança Rio movimenta o Teatro João Paulo II

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Nesta semana, de sexta-feira a domingo, o Teatro João Paulo II abre as portas para o Piauí Dança Rio, um coletivo formado por várias companhias de dança do Piauí que trazem os seus melhores espetáculos. A mostra de dança conta com o apoio da Prefeitura de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, e inicia às 20h, com entrada a R$ 3.00 [meia] e R$ 6,00 [inteira].

Um dos organizadores do evento, o coreógrafo Valdemar Santos, diz que o objetivo é promover a interação entre os grupos para que cada companhia passe a conhecer o trabalho desenvolvido pelo outro. Além disso, ele se coloca como plataforma de exibição da dança piauiense para outros públicos, pretendendo se entender para outras cidades do Brasil e principalmente no Piauí.
 
De acordo com a programação, na sexta-feira, será apresentado o espetáculo “Vermelho”, da Só Homens Cia. de Dança, criado a partir de estudos sobre a circulação sanguínea, buscando falar do sangue com o sentido não biológico. Ele será tratado como liquido mágico que percorre caminhos, descreve trajetos, deixando por onde passa vitalidade necessária para que essa grande caixa humana funcione. Na seqüência, será a vez da “Lenda de Zabelê”, do Balé Popular do Piauí.
 
O espetáculo fala da lenda do folclore piauiense e conta a história da índia Zabelê que mesmo prometida a um índio de sua tribo, Mandaú, apaixona-se por Metara, índio de tribo rival. Mandaú flagra os amantes e com ciúmes provoca uma guerra entre as duas tribos. O Deus Tupã enfurecido com toda a guerra transforma Mandaú em um gato maracajá que vive a perseguir Zabelê e Metara, duas lindas aves que vivem livres pelos céus.
 
No sábado, dia 16, o Balé da Cidade de Teresina mostra “Fantasia Nordestina”, que no auge da expressão revela-se na simplicidade dos movimentos, nas tentativas de compreensão do mundo e nos diálogos com a paisagem inóspita e muda que adentra os espíritos. O homem do “sertão fantasia” assiste de cócoras o espetáculo da vida, o rastro da retirada insistente, o céu que se perde nas nuvens. Os soluços e esperanças das mulheres que se vestem de adeus, os olhos se debulham em fé, numa ginga de quem prospera e espera o dia raiar.
 
Em seguida, quem se apresenta é o Núcleo de Dança Casa de Zabelê, com o espetáculo “Na Barra”, uma coreografia ágil e de movimentação que proporciona riscos para o elenco que, conscientes, brincam com a gravidade, a força e corpo, com barras de ferro que servem de suporte para essa dança que surpreende. 
 
No domingo, a Cia. Equilíbrio de Dança, mostra “TodOLadO”, um espetáculo com cenário simples e emblemático. Cinco atores-bailarinos dividem em fragmentos planejados a vivência, a solidão, signos de amor, não-amor, prazer e intrigas. A composição corporal impetrando a semântica a novos tempos; o estudo de figurinos intimista para os sóbrios e densos revezes do anima; a pesquisa musical de variação sobre o mesmo tema e a densidade espacial dos corpos em expansão impressionista-expressionista marca o croqui dramatúrgico.
 
Fechando a noite, terá o espetáculo “Risco”, da Virtus Cia de Dança. Assim na tela como no palco, a intenção é traduzir a arte social brasileira, miscigenada, étnica, pluralista em muitos sentidos, e também revestida de uma “personalidade coletiva”, que se desvenda na imagem do trabalhador das indústrias, da massa humana aparentemente impessoal, mas profundamente rica e dramática no seu cotidiano de luta pela sobrevivência. Um pouco de ofício, um pouco de esperança. Labuta, disciplina, exaustão, mas também amor.
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