Foto: Arquivo Cidade Verde

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) julgou procedente o pedido formulado pelo vereador Valdemir Virgino, reconhecendo a justa causa para a desfiliação do Progressistas. Assim, o parlamentar poderá deixar a sigla, fora da janela partidária, sem perder o mandato. 

Na ação, o vereador alegou que estaria sentindo grave discriminação pessoal por parte dos diretórios do Progressistas, devido às fortes divergências políticas com algumas lideranças. 

Nas eleições estaduais, Valdemir Virgino declarou apoio ao candidato eleito Rafael Fonteles (PT). O Progressistas era aliado direto do candidato derrotado Sílvio Mendes (União Brasil), tendo indicado a vice Iracema Portella (Progressistas). 

O vereador também apresentou à Justiça Eleitoral prints (capturas de tela) e uma “Carta de Anuência”,  assinada pelos Presidentes dos diretórios Regional e Municipal, onde afirmam que concordam com a saída e desfiliação do vereador sem que tal configure infidelidade partidária e sem a perda do mandato eletivo.

Devidamente citado, o partido manifestou-se contrariamente ao pleito, informando, inclusive, que o Valdemir Virgino teria cometido infidelidade partidária ao “desvirtuar e desobedecer as regras do estatuto, uma vez que decretou apoio a candidatos opositores”. 

A decisão da Justiça Eleitoral considerou que as capturas de tela juntadas pelo vereador são do período de 4 de julho a 1º de setembro, anteriores à Carta de anuência, datada de 8 de setembro. 

O pleno do TRE-PI considerou, por fim, que os presidentes dos diretórios do estadual e municipal de Teresina do Progressistas concordaram com a saída do parlamentar da sigla. 

“Os presidentes dos diretórios do Estado do Piauí e do Município de Teresina do Progressistas anuíram com a saída do vereador dos quadros de filiação do partido sem a configuração de infidelidade partidária e sem a perda do mandato eletivo, mesmo após a ciência do apoio a outros candidatos”, descreveu a decisão. 

 

Paula Sampaio
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