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Contra Messi e Lewandowski, Arábia Saudita é candidata a sofrer goleadas na Copa

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A seleção que fez um dos mais belos gols da história da Copa do Mundo pode ter problemas balançar as redes no Qatar.

O desempenho ofensivo é uma das maiores preocupações do francês Herne Revard para a Arábia Saudita. É razoável considerar que a equipe é candidata a sofrer muitos gols no torneio que começa no próximo mês.

Os sauditas estão no Grupo C. Terão pela frente dois dos maiores artilheiros do futebol mundial. Estreia em 22 de novembro contra a Argentina de Lionel Messi. Na segunda rodada, a rival será a Polônia de Robert Lewandowski.

No encerramento da primeira fase haverá o México.

Desde a última rodada das eliminatórias asiáticas, em março, a Arábia Saudita disputou quatro amistosos e não anotou nenhum gol.

"Considero que contra os Estados Unidos fizemos uma partida muito boa, apesar do 0 a 0", disse Revard após a igualdade contra os norte-americanos no último dia 27.

A equipe também empatou sem gols com o Equador e foi derrotada por 1 a 0 pela Colômbia e Venezuela.

A esperança dos torcedores do país é que no Qatar a seleção se encontre com a imagem do meia Saeed Al Owairan. 

Na melhor campanha saudita da história dos Mundiais, ele fez o mais belo gol da Copa de 1994, ao arrancar com a bola dominada do campo de defesa e só parar dentro do gol belga, na vitória por 1 a 0 que levou os árabes às oitavas de final.

É o momento pelo qual o time é mais lembrado. Desde a derrota para a Suécia, no mata-mata nos Estados Unidos, esteve presente em quatro Mundiais. 

Venceu apenas uma partida, contra o Egito, em 2018, em confronto em que os dois países já estavam eliminados. No torneio na Rússia, a participação ficou marcada pelos 6 a 0 sofridos diante da Rússia, o placar mais dilatado da história das partidas de abertura da competição.

Apesar do retrospecto recente ruim, a Arábia Saudita não encontrou grandes problemas nas eliminatórias. Terminou na primeira posição em grupo com adversários que se acostumaram a aparecer nas Copas do Mundo e estarão no Qatar: Japão e Austrália. 

Na campanha, perdeu apenas uma vez, para os japoneses como visitante. Nas dez rodadas, ganhou sete vezes.

Há o problema da falta de experiência do elenco em enfrentar jogadores de elite. Todo o time atua no torneio local, a Saudi Pro League. A base é composta pelo Al-Hilal (o principal clube do país), Al-Nassr e Al-Shabab.

O técnico francês espera que a criatividade para concatenar lances ofensivos venha dos meias Salem Al-Dawsari, 31, e Fahad Al-Muwallad, 28. Muwallad não atuou nos últimos amistosos por estar lesionado. A principal referência ofensiva deverá ser o atacante Firas al-Buraikan. 

A tendência é que ele seja o único à frente, sendo apoiado por dois pontas, em um sistema semelhante ao 4-3-3, embora a preocupação dos dois meias mais abertos seja também defensiva.

A Arábia Saudita, para o bem ou para o mal, costuma protagonizar momentos célebres quando participa de Mundiais.

Se em 1994 houve o gol de Al Owairan, quatro anos depois a federação local demitiu o brasileiro Carlos Alberto Parreira após a derrota para a França, na segunda rodada do torneio. Em 2002, levou 8 a 0 da Alemanha.

Fonte: Folhapress

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