O promotor João Mendes Benigno Filho afirmou nesta quinta-feira (27), em entrevista ao Notícia da Manhã, que acredita que Geovana Thais Vieira da Silva e Fernanda Maria Lobão Ayres atuaram juntas no assassinato da analista de sistemas Tainah Luz Brasil, de 27 anos, que foi morta com 13 perfurações.

O crime ocorreu no dia 14 de maio deste ano, em uma residência no bairro Mocambinho, na zona Norte de Teresina.

Tainah morava em Curitiba e estava em Teresina visitando a família. O crime ocorreu quando ela foi visitar a ex-namorada Fernanda Ayres, que estava com a namorada Geovana Thais. As três teriam consumido bebidas alcoólicas quando ocorreu uma discussão que teria levado ao crime.

A Polícia Civil do Piauí havia indiciado apenas Geovana Thais pela morte da analista de sistema, mas o Ministério Público decidiu denunciar também Fernanda Ayres, por entender que as duas participaram do crime.

Foto: Arquivo Pessoal 

Tainah Brasil

“Foi feito estudo e análise da peça investigatória, chegamos à conclusão que pelo laudo cadavérico, no corpo da Tainah havia mais de 13 perfurações, e cortes. Uma pessoa só jamais teria usado o corpo da Tainah para tamanha violência e no cenário do crime estavam as duas”, disse o promotor João Benigno.

Para o promotor as marcas no corpo da vítima provam que houve a participação das duas no crime. “Fernanda tinha um corte [no braço] que não era profundo. Tainah tinha mais de 13 agressões, e teve uma perfuração profunda na coluna vertebral. Olha, se tem uma furada nas costas, é porque a Tainah estava de frente para a agressora e por trás foi agredida. Então quem agrediu por trás? Por isso oferecemos a denúncia contra as duas, para que durante a instrução, o Ministério Público prove que as duas foram as autoras desse bárbaro homicídio”, destacou.

O crime teria ocorrido, porque a vítima teria flertado com a ex-namorada, mas segundo o promotor, não ocorreu nada que justificasse as agressões que a vítima sofreu, que teriam sido iniciadas por Geovana. 

“Parece que no dia 14, houve um flerte e brincadeira entre as duas, mas não que chegasse ao ponto da Geovana partir para agressão. Há um ferimento no braço da Fernanda, sim, o Ministério Público não nega, agora tem um fato interessante, a Tainah não tem um golpe que diga que ela se defendeu das agressões de arma branca, golpe de defesa”, disse o promotor.

João Benigno disse que existe o depoimento de uma testemunha que ajudou a socorrer a vítima, relatando que a jovem foi encontrada toda cortada no chão de uma calçada e que pediu socorro, falando: “me salve, não deixe as duas me matar”.

Agora o processo inicia a fase de instrução e a defesa deverá se manifestar. Posteriormente deverá ser marcada a audiência de instrução e julgamento. Fernanda Ayres e Geovana Thais aguardam o julgamento em liberdade.

 

Bárbara Rodrigues
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