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Novo arcebispo conta sobre origem e reafirma compromisso com os pobres

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Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

Dom Juarez Sousa da Silva, o primeiro piauiense a assumir a Arquidiocese de Teresina, fez um um retrospecto da sua vida pessoal e elencou os planos após a posse canônica. De origem humilde, filho de pais lavradores, o religioso diz que se considera filho de duas cidades piauienses, revelou que traz na vida marcas do sertão do Piauí e também relembrou com saudosismo o falecido pai. 

"Sou barrense, por naturalidade, pois quando nasci Barras era o município que abrangia o povoado de Cabeceiras e depois Cabeceiras se emancipou e eu passei a ser barrense e cabeceirense ao mesmo tempo. Assim me considero dos dois municípios. Ser o primeiro piauiense a assumir a Arquidiocese faz diferença porque nos compromete mais, nos desafia a ser mais missionários da própria terra. Sou o piauiense e tive a graça de exercer o meu ministério episcopal em três dioceses. Comecei por Oeiras, onde primeiramente fui nomeado bispo; depois trabalhei em Parnaíba por sete anos e agora quis a graça de Deus que eu viesse exercer o meu ministério da Arquidiocese de Teresina", conta o religioso que também lembrou a perda do pai que, nesta terça-feira (28), completa 21 anos de falecido. ", diz dom Juarez.

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

"Pai é pai. É uma dor que nunca passa, é uma saudade que nunca passa. No entanto, a gente sente a presença dele. No dia da minha apresentação, da minha posse canônica, eu senti essa presença em saber que ele estava alegre no céu junto com esse filho que ele não viu ser bispo, mas viu ser padre", relembra o novo arcebispo que foi ordenado padre em 19 de março de 1984 e 14 anos depois foi nomeado bispo de Oeiras.

Como novo arcebispo, dom Juarez reafirmou a opção preferencial pelos jovens e pobres e enfatiza que, mesmo em tempos modernos, Jesus Cristo será sempre o mesmo. 

"A opção preferencial pelos pobres é de essência da vida da igreja porque foi a opção de Cristo [...] é uma questão de fidelidade ao Evangelho [...] há o pluralismo religioso e também cultural. No entanto a mensagem do Evangelho é sempre a mesma e nesse sentido somos convidados a dialogar com os diferentes [...] Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não se negocia com  o Evangelho de Cristo Jesus, não podemos fazer concessões que sejam estranhas ao Evangelho para nos dar bem, pra ser uam religião light ou coach. O caminho dEle é o caminho da cruz, nosso caminho também deve ser o caminho da cruz. Fora desse caminho não pode haver a salvação", afirma o novo arcebispo. 

 

Graciane Araújo
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