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Piauí deve registrar mais chuvas e temporais em todo o estado; veja previsão

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Uma movimentação atmosférica vai provocar chuvas em quase todo o estado do Piauí nesta semana, informou o assessor técnico da Defesa Civil e climatologista, Werton Costa. A previsão é que ocorra ainda neste mês de abril uma redução das chuvas, mas algumas regiões do estado ainda devem registrar temporais.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta segunda-feira (10), um alerta laranja com chuvas intensas na região Norte do estado, entre 30 a 100 mm/dia, e ventos intensos de 60 a 100 km/h. Além de um alerta amarelo para a região Centro-Norte e Sul do Piauí, com chuva entre 20 a 50 mm/dia, e ventos intensos de 40 a 60 km/h.

Segundo o climatologista Werton Costa, era esperada uma redução nas chuvas ainda nesta semana, mas imagens de satélite apontam para mais precipitações pluviométricas.

"Estamos acompanhando com uma certa preocupação a movimentação atmosférica, não apenas a emissão do alerta, que é uma análise do Instituto Nacional de Meteorologia, mas nós acompanhamos agora a pouco, imagens de satélite, da movimentação pelo atlântico tropical, de um vasto corredor de instabilidade que deve atingir nas próximas horas o Vale do Longá, além disso temos uma frente fria em atuação pelo Sul da Bahia que já está impactando o extremo sul, a faixa cerradeira, e deve provocar episódio de chuva no Sul do estado, totalmente fora dos padrões climatológicos. Para a Defesa Civil isso é sinal de preocupação, e estamos com o nosso pessoal mobilizado. Eu chamo atenção também para quem está no Sul do Estado, na região entre Uruçuí e Santa Filomena, e na faixa entre Corrente, para ficar atento com as nuvens de instabilidade", afirmou.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Ele explicou que as chuvas no Sul do estado devem ser reduzidas, e que vão se concentrar mais na região Norte. "De forma global, considerando todo o estado do Piauí, temos uma redução significativa desse período chuvoso e uma migração do corredor de umidade para o Norte, que é onde vai se concentrar a chuva. Excetuando essa situação no Sul do estado, que é um fenômeno efêmero, de curta duração, a tendência clássica mesmo é de redução dos volumes, segundo a meteorologia", explicou.

Ele também pediu que as pessoas devem ficar atentas com as chuvas isoladas que podem ocorrer com grande intensidade.

Foto: Inmet

Cheias dos rios

Atualmente o rio Longá, na cidade de Esperantina, e o rio Marathaoan, na cidade de Barras, estão em cota de inundação, enquanto o rio Parnaíba na cidade de Luzilândia está em cota de alerta. Mesmo com redução das precipitações pluviométricas no Piauí, as chuvas que ocorrem no Ceará também geram preocupação.

"As chuvas no Ceará nos preocupam bastante, pois tem duas sub-bacias, a do Longá e do Poti, que são impactadas pelas chuvas que ocorrem no Ceará. Pelo Oeste principalmente na região da Ibiapaba e isso gera uma ligeira elevação do rio Poti e Longá e impactam um conjunto de dezenas de cidades. Outro fator bastante importante é em relação ao volume rio Parnaíba, que está em situação de estabilidade, com um ligeiro declínio. A bacia do Poti está estável e com declínio. A bacia do Longá está estável, com ligeira redução no patamar da cota de inundação, porque lá está bastante acima da cota de inundação. O Marathaoan também, ligeiramente acima e a gente já contava com essa ligeira redução para retornar essa semana para a cota de alerta, mas essa movimentação atmosférica e esse alerta laranja chama atenção, e as Comdecs [Coordenadorias Municipais de Defesa Civil] devem ficar atentas a esse temporal", destacou.

As cidades de Batalha e Luzilândia também registraram alagamentos por causas das chuvas. "Estamos  trabalhando com dois municípios que estão bastante organizados na assistência. O município de Luzilândia fez mapeamento prévio, antes mesmo do rio ganhar vazão, sobre as famílias que seriam impactadas, e até o momento não há nenhum desabrigado. No caso de Batalha, já foram retiradas algumas famílias com auxílio do Corpo de Bombeiros, e estão fazendo mapeamento dos danos provocados, uma vez que o que aconteceu em Batalha foi uma situação extrema, um volume muito intenso e localizado, que provocou danos nos imóveis e nas famílias, e está sendo feito levantamento para saber os possíveis dados estruturais", declarou.


Bárbara Rodrigues e Bartolomeu Almeida
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