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Tutor consegue resgatar cachorro que foi recolhido pela Zoonoses em Teresina

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Foto: Arquivo Pessoal

Atualizada às 8h20 de sábado (13)

Com a ajuda de uma equipe de advogados o tutor Hernande Costa, de 38 anos, conseguiu resolver todos os trâmites legais e resgatou o cachorro Tufão que havia sido recolhido dentro de sua residência pela Zoonoses e corria o risco de ser sacrificado após um exame apontar que o animal está com calazar. O animal foi resgatado no final da tarde de sexta-feira (12).

Hernande preencheu todos os documentos necessários e agora está com o animal na sua residência. “Tinha muita burocracia, mas como eles entendem [os advogados] e eu não entendo, estava perdido. Eles me ligaram [os advogados] e fiz tudo dentro dos trâmites legais e assinei, me comprometendo com o cachorro. Agradeço a todos que me ajudaram, e de todos que queriam ajudar, mas não conseguiram”, afirmou.

Ele explicou que Tufão está bem e que agora vai buscar um exame específico para saber se o cachorro realmente está com calazar. Caso dê positivo, ele será tratado em casa.

“Vou na segunda-feira fazer esse exame, porque meu cachorro está bem, não apresentou nenhum sinal de calazar, mesmo pessoal da Zoonoses dizendo que deu positivo. Se esse novo exame realmente der positivo, aí eu vou tratar ele em casa. Estou muito feliz que estou com ele e que tudo deu certo”, agradeceu.

Hernande teve ajuda dos advogados, Dárcia Alencar, Heitor Bezerra, Camila Paula Barros de Oliveira, de Rayra Carolina e do vereador Ismael Silva.

Quem quiser ajudar Hernande com os medicamentos para o animal pode entrar em contato pelo (86) 99538-8856.

 

Matéria Original

Fotos: Arquivo Pessoal

Elimar, tio de Hernande com o cachorro Tufão

Hernande Costa, de 38 anos, que é o tutor do cachorro Tufão, de 8 anos, denunciou ao portal Cidadeverde.com que está encontrando dificuldades no Centro de Zoonozes de Teresina para a realização de um novo exame de sangue no animal, que foi recolhido após diagnosticado com calazar. Ele afirmou que não quer que o animal seja sacrificado e que pretende custear o tratamento.

O tutor afirmou que estava fazendo hemodiálise quando foi realizado o recolhimento do Tufão na sua residência.

“Eu moro no bairro Buenos Aires e a equipe da Zoonoses fez uma coleta de sangue do meu cachorro no dia 28 de fevereiro desse ano. Quando foi no dia 9 de maio eles foram na minha casa recolher o meu cachorro dizendo que o exame, que tava com resultado do dia 7 de março, tinha dado positivo. Ou seja, meses depois é que eles aparecem dizendo que deu positivo, e quando foram em casa estava apenas a minha mãe, que é idosa, e uma sobrinha do interior. Eles agiram de forma intimidadora e elas acabaram entregando ele. Só descobri quando cheguei”, afirmou.

Hernande foi então até o Centro de Zoonoses para evitar que o animal fosse sacrificado e solicitou que fosse realizado um novo exame de sangue por não acreditar que Tufão esteja doente. Ele disse ter encontrado muita desorganização no local, e que teve dificuldade em conseguir informações sobre como realizar um novo exame e como pegar o cachorro de volta.

Foto: Hernande Costa

Local onde Tufão está na Zoonoses. Hernande disse que o local foi limpo após pedir para a equipe.

“Cheguei lá umas 8h e até 11h ninguém me deu satisfação de nada. Não sabiam nem como era para dar entrada em um requerimento, porque eu queria pedir um novo exame de sangue, porque o meu cachorro está ótimo, não apresentou nenhum sinal de doença. Depois de muito tempo me deram um papel para eu assinar, e era o errado, pois era folha de gerência de gestão de pessoal. Depois eles mesmo discutiram entre eles porque não sabiam qual era o papel do requerimento, ou seja, uma confusão, uma desorganização naquele lugar”, criticou.

Ele disse ainda que manifestou interesse em ir em um veterinário para a realização de um exame, mas que até isso negaram a ele. “O que eu quero é que seja realizado um reteste. Eu quero que seja feita uma nova coleta de sangue, porque eu não confio neles. Só que lá me disseram que só fariam se fosse com o sangue que tinha sido coletado anteriormente, só que eu não confio, eu vi a desorganização daquele lugar, não sabem achar uma folha de requerimento. Quando foi ontem, me ligaram dizendo que fariam uma nova coleta, que isolaram o meu cachorro e que um novo teste será realizado pelo Lacen, mas sinceramente eu não confio, porque se der negativo, será que eles vão admitir que erraram?”, afirmou Hernande.

O tutor explicou que mesmo que o resultado seja positivo, ele quer de volta o cachorro Tufão, que está há 8 anos na família, para que seja tratado em casa.

“Eu queria levar o meu cachorro para o veterinário, tudo custeado por mim, mas não me deram ele. Eu vou esperar esse novo exame que fizeram, mas mesmo que seja positivo, eu quero levar o Tufão para casa e cuidar dele, pois é um direito que eu tenho. Eu já pedi para não sacrificarem ele. É meu cachorro e ele é muito importante para mim, eu quero cuidar dele. Estou com medo de que ele seja sacrificado”, disse Hernande.

Zoonoses se manifesta

Em nota a Gerência de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde informou que o animal testou positivo para Leishmaniose Visceral e que o animal só poderá ser retirado quando for apresentada as documentações exigidas.

"O tutor pode retirar o animal do local, mas apresentando algumas documentações que serão enviadas ao Ministério da Saúde como: uma receita carimbada e assinada por médico veterinário atestando um tratamento para a doença; um termo de compromisso assinado pelo médico veterinário (relatando que vai acompanhar o tratamento) e um termo de compromisso assinado pelo tutor (garantindo que ele vai informar periodicamente o quadro clínico do animal para a Gerência de Zoonoses, com exames)", informou.

Veja a nota na íntegra:

A Gerência de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina informa que o animal citado está registrado como positivo para Leishmaniose Visceral, que é uma doença grave, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de um inseto chamado flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis), popularmente conhecido por mosquito palha e que pode atingir pessoas e animais, principalmente o cão.

Informa ainda que o tutor pode retirar o animal do local, mas apresentando algumas documentações que serão enviadas ao Ministério da Saúde como: uma receita carimbada e assinada por médico veterinário atestando um tratamento para a doença; um termo de compromisso assinado pelo médico veterinário (relatando que vai acompanhar o tratamento) e um termo de compromisso assinado pelo tutor (garantindo que ele vai informar periodicamente o quadro clínico do animal para a Gerência de Zoonoses, com exames). 

Para maiores informações de como proceder, o tutor pode ir até a Gerência de Zoonoses, que funciona Rua Minas Gerais, Nº 909 – Bairro Matadouro. zona Norte. Teresina/PI.

 

 

Bárbara Rodrigues
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