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Modelos exigem cumprimento de cota para modelos negros

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Um grupo de cerca de 30 negros --a maior parte deles mulheres-- está na porta da Bienal do Parque do Ibirapuera, onde acontece o primeiro dia de desfiles da São Paulo Fashion Week (SPFW). O motivo da mobilização é chamar atenção para a cota de modelos negros que o evento instituiu a partir desta edição.
 

Conforme um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado há menos de um mês entre o Ministério Público e a organização do evento, 10% dos modelos de cada desfile devem ser negros, afrodescendentes ou indígenas.

André de Souza, organizador do projeto Fashion Black, disse que foram chamados apenas quatro modelos para vinte desfiles da semana de moda. "É muito pouco", diz Souza, que lidera o grupo, que tem como objetivo chamar atenção da imprensa e os frequentadores do SPFW para sua causa.

Segundo ele, as cotas devem existir para que o assunto da participação de negros nesse tipo de evento venha à tona. "Se a intenção da moda brasileira é ser um reflexo da sociedade, os negros precisam estar representados de verdade", diz Jordana Rosa, estilista da grife Cresposim.

A assessoria de imprensa do SPFW informou que ninguém da organização do evento falará sobre o assunto.

Só para negros

O projeto Fashion Black é uma agência que organiza dois eventos de moda por ano uma espécie de São Paulo Fashion Week só para negros.

Nos desfiles, que acontecerão entre os dias 25 de outubro e 1o de novembro, passarão pelas passarelas seis marcas, todas criadas e geridas por negros. Na passarela, adivinhe? Só negros.

Questionado sobre a possibilidade de uma cota para brancos, Souza responde: 'Quem sabe?'

Fonte: Folha Online

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