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Delegado destaca casos de maus-tratos a animais e critica falta de educação ambiental no Piauí

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São vários os casos de maus-tratos a animais que estão sendo registrados no Piauí, com casos recentemente ocorridos nas cidades de Teresina, Picos, Floriano e União. As investigações são realizadas pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), sob comando do delegado Willame Moraes que destacou os casos de maus-tratos e criticou a falta de educação ambiental para a população.

 No último domingo (20) Polícia Militar flagrou uma rinha de galos e resgatou 51 animais em uma residência no povoado Morro dos Pires, a cidade de União, a 59 km de Teresina. Segundo o delegado Willame Moraes, da DPMA, tanto o dono da rinha como os tutores dos animais podem ser responsabilizados.

“Enquanto todos os delitos a responsabilidade é do ser humano, no meio ambiente, quando o crime é contra o meio ambiente a pessoa jurídica pode ser responsabilizada. No caso da rinha normalmente é uma pessoa física, se fosse uma empresa, lá seria o autor dos maus tratos e o dono da empresa. Então na rinha, apenas as pessoas que estavam naquela situação, o dono da rinha e os donos dos animais, todos respondem”, explicou.

Segundo os delegados são várias as denúncias envolvendo rinhas. “Temos várias denúncias a respeito de rinha de galos no Piauí, e rinha de pássaros, principalmente de canários. Quando a lei fala maus-tratos não especifica cães e gatos, ela fala animal”, destacou.

Foto: Polícia Militar 

Willame Moraes também comentou sobre a denúncia de cachorros estão sendo envenenados com vidro triturados em Picos. O delegado disse que apenas a perícia poderá apontar se realmente ocorreu envenenamento.

“O que vai dizer se vai ser maus-tratos são várias circunstâncias, já está especificado que rinha é maus tratos, assim como deixar o animal acorrentado indefinitivamente, ou seja, por tempo prolongado, a falta de alimentação, então é o caso, que ao se analisar que vai dizer. Só que esses crimes vão ter que ter perícia, o animal morrer não significa que foi envenenado, o que vai dizer é a perícia, e se for, o crime existe e a polícia tem que dar continuidade a investigação. Em Picos vai ter que passar pela perícia para a polícia dar continuidade”, explicou.

Sobre o caso de Floriano, onde um homem chama uma cachorra de “Janja”, em alusão ao nome da primeira dama do país, e profere uma série de xingamentos, para o delegado, apenas com as palavras proferidas não há indicação de crime.

“Na questão de Floriano onde uma pessoa pega um animal e xingando, e no vídeo em si, a ofensa verbal, para se sentir ofendido tem que ter consciência, agora se ele estiver maltratando aí sim vai caracterizar, mas as próprias palavras não”, apontou.

O delegado Willame Moraes ainda criticou a falta de educação ambiental para a população. “Temos que ter uma educação ambiental, nós não temos. O meio ambiente não ser resume a cães e gatos, o meio ambiente é o ar que respiramos, a água que bebemos, a árvores ao redor, então existe todo um ambiente que precisa ser preservado e que precisam ser combatidas as práticas criminosas e que tem que ter uma conscientização. Temos que levar a nossa população a conscientização, senão o nosso futuro será comprometido”, informou.

 

Bárbara Rodrigues e GoreteSamntos
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